Quanto custa a sua felicidade?

Professora Luiza

Vamos fazer desse dia das crianças um momento de profunda reflexão: selecione as pessoas mais importantes da sua vida e, em seguida, atribua valores (preço) a cada uma delas. Quanto cada uma “valeria”?
Uma pergunta hipotética e difícil de ser respondida, pelo simples fato de que não conseguimos mensurar o amor dessa maneira. Amor não se compra, não se vende e não tem preço. Contudo, quando datas comemorativas se aproximam, sentimos a necessidade (ou somos induzidos a isso) de expressar esse amor em bens materiais, presentes anunciados pela mídia, objetos que na maioria das vezes serão logo deixados de lado. Equiparamos a importância de alguém aos valores que gastamos nos frágeis e finitos objetos produzidos pelas mãos do homem. Sem dúvida, receber presentes é muito bom; não venho aqui criticar a prática de presentear, desde que esse presente não tenha na verdade a intenção de “compensar” momentos perdidos, “suprir” a ausência do toque e do diálogo ou ainda “negociar” uma relação abalada pela cegueira de pessoas que, mesmo estando dentro do mesmo lar, olham-se, mas não conseguem se ver e se encontrar. Assim como o amor, as relações que unem os seres humanos não podem estar diretamente ligadas aos valores quantitativos. O dia das crianças se aproxima, mas será que enquanto pais e família sabemos exatamente o que fazer para que nossas crianças sejam pessoas mais felizes? Afinal, de que servem os brinquedos mais belos e caros se aqueles que presentearam não tiverem tempo de compartilhar os risos e as brincadeiras de quem os recebe? Quanto custa um abraço? Qual o preço de um afeto? O que vale mais do que a presença de quem se ama? Seja você o melhor presente para a criança que você ama. Segure nas pequenas mãozinhas de seu bebê; beije seus filhos enquanto estiverem dormindo e se permita ser super-herói, vaqueiro ou cavalinho. Chegará um dia em que as crianças entenderão que o valor não está no que se tem, mas sim no que se pôde viver e sentir, e nesse dia ela precisará ter a riqueza das lembranças e dos momentos para de fato ser um adulto feliz.

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Postado em 10, outubro, 2019