Ibiúna tem avaliação medíocre em qualidade de vida à idosos, diz ranking do IDL

Carlinhos Marques

Ibiúna é a 123ª melhor cidade para atender às necessidades básicas de vida da população idosa, entre as pequenas, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade (IDL), que avaliou 348 municípios. O estudo é desenvolvido pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, em parceria com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EAESP). A pesquisa separa as cidades em duas categorias: 150 formam o ranking dos municípios com maior população, e 348 cidades brasileiras com menos de 100 mil e a acima de 50 mil habitantes figuram na categoria pequenas cidades. A melhor colocada da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) é a cidade de São Roque, na 30ª posição entre as menores cidades. Sorocaba, com seus mais 630 mil habitantes, ocupa a 33ª posição no ranking geral para as grandes cidades.

Os indicadores analisados são: cuidados de saúde, bem-estar, finanças, habitação, educação e trabalho, cultura e engajamento. O ranking ainda é ajustado pelas condições de clima nas cidades, sendo considerada a ocorrência de chuvas extremas, dias de calor extremo e dias com baixa umidade do ar. Cada variável é baseada em múltiplos indicadores individuais, sendo considerados mais de 60 indicadores no total.

De acordo com o estudo, o crescente número de pessoas acima dos 60 anos aumenta a preocupação com a preparação das cidades para mantê-los nos desafios do envelhecimento. “O objetivo do IDL é ser uma ferramenta para orientar os gestores públicos nos diferentes níveis de gestão a tomar decisões suficientemente planejadas e assertivas com vistas a oferecer à crescente parcela de idosos do país oportunidades de manter-se ativa e engajada, prolongando sua vida com elevados padrões de vitalidade e de autoestima”, cita o estudo.Outras duas cidades da RMS aparecem no ranking, acima de Ibiúna: Boituva está na 60ª colocação e Porto Feliz em 71ª posição.

Sem funcionar

Inaugurado em 2016, o centro de Convivência do Idoso, espaço que poderia – a média prazo – melhorar a avaliação da cidade no trato com os idosos, encontra-se com as portas fechadas. Aliás, só foi aberta para a inauguração, ainda no governo anterior. Com custo de R$ 470 mil, recurso do Governo do Estado, o espaço tem como objetivo contribuir para um processo de envelhecimento ativo, saudável e autônomo, além de assegurar espaço de encontro para os idosos e incidência intergeracional de modo a promover a sua convivência familiar e comunitária, entre outros.

A obra foi de autoria do Governo estadual, mas a operação dos serviços e manutenção do espaço é de responsabilidade da Prefeitura de Ibiúna. No entanto, mais de um ano após a inauguração, o espaço tem sido apenas o enfeite no Loteamento São Lucas.

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Postado em 10, agosto, 2017