Da roda d’água a energia

O homem tem usado a inteligência para criar mecanismos que reduzam o esforço e aumentem seu conforto. Descobriu a força das águas, dos ventos e domesticou animais, usando a força de cavalos e bois para o trabalho. Milhares de anos se passaram até que um fato marcou a história da energia: a invenção da máquina a vapor, um símbolo energético da Revolução Industrial. O fogo então foi transformado em movimento. Isso permitiu a construção de grandes fábricas e sua aplicação nos transportes. Esse processo se deu devido à cooperação que no sentido mais amplo, é um processo social, que sempre existiu ao longo da história da humanidade.  A própria sobrevivência dos grupos humanos na época da pré-história muito sujeitou da cooperação entre os componentes das tribos, que exploravam uma área em comum. Com o desenvolvimento das organizações da sociedade e com a troca de mercadorias e posteriormente com o surgimento da era industrial, houve a necessidade de um amparo mútuo. Assim nessa mutualidade surge há pouco mais de 100 anos a energia elétrica, símbolo da Era da Informação. Assomado a essa ideia, forma- se sociedade cooperativa, como forma de resolver seus problemas. Hoje o cooperativismo está em todos os ramos de atividade, com mais de 6.8271 (seis mil e oitocentos e vinte e sete) cooperativas em todo o país sendo que dentre essas tem o cooperativismo de eletrificação ou de infraestrutura com 1302 (cento e trinta) no Brasil. Percebemos que o primeiro registro do uso de energia elétrica na zona rural no Brasil foi no ano de 1923, quando João Nogueira de Carvalho instalou eletricidade em sua propriedade no município de Batatais – São Paulo/SP. (FECOERGS, 2011). Após 42 anos na data de 03 de dezembro de 1965, surge a CERI (Cooperativa de Eletrificação Rural de Ibiúna) com o objetivo de amanhar energia elétrica, transformando e redistribuindo em baixa e alta tensão, para uso domiciliar, comercial e industrial, unicamente para associados que eram em torno de 220 sócios. Anos após alteram o nome para CETRIL – Cooperativa de Eletrificação de Ibiúna e Região – hoje são mais de 20 mil consumidores; com uma rede elétrica de aproximadamente 1.700 km de extensão e mais de 3 mil transformadores 3. Na contemporaneidade os serviços prestados pela Cooperativa de Eletrificação da Região de Ibiúna cooperam com o fornecimento de energia para o funcionamento de motores de irrigação, escolas rurais visto que a maior população do município reside na área rural, da mesma forma na iluminação pública dos bairros e além dos estabelecimentos comerciais e industriais para o desenvolvimento comunitário dos cidadãos.Observamos que no Brasil o índice de eletrificação rural cooperativo ainda é muito baixo. Desde o surgimento, as cooperativas de eletrificação rural vêm se mostrando como importantes organizações que visam suprir a carência de eletricidade no meio rural.

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Postado em 16, dezembro, 2016