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Um balanço de impressionar: SOS Itupararanga apresenta resultados de 2023

Diretores e conselheiros da SOS Itupararanga, autoridades de Ibiúna, representantes de diversas instituições do Estado, e ainda parceiros e associados, assistiram à apresentação do balanço dos trabalhos realizados ao longo deste ano. Projetos, a participação da ONG nos conselhos municipais e estaduais que tratam das questões socioambientais, saneamento e o futuro da represa estão entre os assuntos apresentados durante a reunião anual da entidade que aconteceu no último sábado (02 de dezembro).

O presidente da SOS Itupararanga, João Rodarte, recepcionou a todos e abriu o encontro apresentando o balanço financeiro do ano, que comprova a importância das contribuições feitas pelos condomínios Porto e Veleiros de Ibiúna, Mirim Açu, pelo Clara Ibiúna Resort e ainda por associados, conselheiros e diretores, o que possibilita o funcionamento da sede e a realização de todo o trabalho, incluindo a participação da SOS Itupararanga em reuniões e eventos, que ampliam o campo de ação e fortalecem a capacidade de articulação da ONG. Esta capacidade se confirma com a atuação da entidade no Comitê de Bacia, no Grupo de Crise Hídrica, nos conselhos municipais, e, principalmente, no Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental de Itupararanga, presidido pelo gestor da APA, Waldnir Gomes, da Fundação Florestal, que em seu depoimento, enalteceu a qualidade, o comprometimento, a responsabilidade e a dedicação da ONG na função de Secretaria Executiva deste conselho.

A experiência da SOS Itupararanga na implantação das biossistemas foi o tema que abriu o bloco da apresentação sobre os projetos. A ONG tem obtido por vários anos recursos financeiros do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO) para levar esta tecnologia para o tratamento de esgotos em comunidades rurais de Ibiúna, e até o momento, 48 biossistemas já foram implantadas em 5 bairros, atendendo a 135 famílias. Em 2024, mais 46 unidades chegarão a mais 2 bairros, reduzindo assim a carga de poluição que chega aos rios que formam a represa Itupararanga.

Viviane Oliveira, diretora executiva da ONG, mostrou ainda o andamento de outros projetos, como o curso de informática para jovens, a coleta de lixo eletrônico, o estudo do território da APA com o uso de uma imagem de satélite de alta resolução e a campanha que está sendo realizada sobre o esgoto na Vargem do Salto, demonstrando que os trabalhos vêm ganhando cada vez mais credibilidade amplitude e abrangência, reunindo e fortalecendo parcerias como a Sabesp, a Universidade Federal de São Carlos, a Fundação Florestal, a Guarda Civil Municipal, a Câmara Municipal e a Prefeitura de Ibiúna.

Rodrigo Padilha, da Sabesp, trouxe o balanço do saneamento em Ibiúna, mostrando que temos um desafio importante: se todos os imóveis localizados nos bairros onde existem os sistemas de coleta e tratamento de esgotos se conectarem às redes da Sabesp, alcançaremos a marca de 58% de índice de esgotamento sanitário em Ibiúna.

As tratativas sobre o futuro da concessão da represa que envolvem a Agência Nacional de Energia Elétrica, o Ministério de Minas e Energia e o Departamento de Águas e Energia Elétrica foram atualizadas pelo Prof. André Cordeiro, que coordena o Grupo de Crise Hídrica formado em 2021 para acompanhar a situação do nível da represa. E este foi o tema que encerrou a reunião pelo vice-presidente da SOS Itupararanga, Elson Rodrigues, que deu notícias sobre os estudos que a ONG está contratando para elaborar uma nova regra operativa para a represa.