Um povo de fé
Editorial
Independente da religião, o ibiunense é um povo de fé. Haja vista o vasto número de denominações religiosas presentes no município, desde as mais variadas evangélicas, as testemunhas de Jeová, a Seicho-No-Ie, os centros espíritas, as religiões de matrizes africanas, as de origem oriental, como os fieis budistas, e muitos outros… A força do catolicismo em Ibiúna também é de impressionar e isso pode ser notado na tradição e concentração de fieis na Festa de São Sebastião, considerada uma das maiores da região, marcada com muita devoção, solidariedade e a força da cultura agro de nossa cidade.
A fé, certamente, faz com que o povo de Ibiúna continue acreditando, também, em um futuro mais próspero para a cidade, tão maltrapilha diante das vizinhas, que, entra gestão e sai gestão, continua capengando em busca de um desenvolvimento tão tardio. O cenário atual não é dos melhores e as reclamações são, cada vez mais, corriqueiras, dos velhos problemas de sempre: estradas malcuidadas, iluminação insuficiente, atendimento de saúde, falta de rede de esgoto e outros atuais: como a morosa reforma do Terminal Rodoviário.
É curioso que, enquanto São Roque inaugura UTI, Piedade amplia os exames de tomografia, Ibiúna comemora um novo aparelho de ultrassom; isso porque, entre todas essas cidades, a nossa é a que tem o maior número de secretarias municipais, os melhores salários para vereadores e o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – é um paradoxo triste para a nossa tão amada cidade.
Entretanto, o mês de maio é marcado, em Ibiúna, pela esperança, depositadas por àqueles que acreditam na intercessão do santo mártir São Sebastião. Aflora o que carregamos de mais valioso: uma fé viva, que promove espetáculos culturais, como a 104ª Festa em Homenagem a São Sebastião e o Divino Espírito Santo. Milhares de devotos de toda a região estarão nas ruas e celebrações de Ibiúna, desde o quinta-feira (18), com o início da novena, passando pelo domingo (21), com a procissão dos lavradores, até a partida do santo, de volta ao bairro do Pocinho, no dia 30. Até lá, a cidade e seu povo terá, mais uma vez, a demonstração de que, de fato, a “fé ainda move as montanhas”.
No início deste mês, o jornal completou 34 anos de circulação, desde a primeira edição, ainda no milênio passado, em 1º de maio 1989, quando surgiu o periódico VOZ de IBIÚNA, o único ainda em circulação impresso na cidade, com periodicidade regular. Seguimos registrando e fazendo história, como a voz da cidade que levamos no nome.
Uma boa leitura a todos e até a próxima edição.