Que pai sou eu? Chefe ou líder?
Glória Piletti
O pai, geralmente, por motivos de trabalho, vive mais afastado da família. A criança, no entanto, precisa de sua presença, por causa de suas qualidades positivas e das coisas que o distinguem de outro homem. Ela, em parte, forma seus ideais com base no que vê ou pensa que vê quando olha o pai. Daí a importância do pai não decepcioná-la. Para tanto ele precisa manter um certo equilíbrio ao escolher entre diferentes estilos de criação.Um pai não pode ser severo e nem tolerante demais. Nesse aspecto, há três tipos de pais, segundo o estilo de criação que adotam. São os seguintes:- PAI AUTORITÁRIO: É aquele que impõe regras e espera obediência: “Não me interrompa”. “Mantenha o seu quarto limpo”. “Não fique fora até tarde ou não poderá mais sair”. “Por quê? Porque é assim que eu quero”.- TIPO PERMISSIVO: É aquele que se submete aos desejos dos filhos, que fazem poucas exigências e que se omitem quase totalmente na tarefa de educa-los.- PAI AUTORIDADE: É aquele que é tanto exigente quanto receptivo. Ele exerce controle não apenas impondo regras e as forçando, mas também explicando os motivos. E, sobretudo com as crianças com mais idade, incentivando o diálogo.Estudos revelam que as crianças com mais autoestima e competências sociais tem pais afetuosos, preocupados e que exercem autoridade. E, dos três estilos de criação, a criação com autoridade fornece à criança mais responsabilidade. Os pais com autoridade discutem abertamente as regras familiares, explicando aos filhos menores e trocando ideias com os mais velhos. Assim, ao perceberem que as regras são mais negociadas do que impostas, os filhos se sentirão mais responsáveis.Costuma-se dizer que o pai é o chefe da família. A palavra “chefe” nos lembra alguém autoritário, que impõe regras e exige obediência. Melhor seria dizer, portanto, que o pai é – ou deveria ser – o líder da família. A palavra “líder” nos lembra alguém que, ao invés de simplesmente impor regras, explica os motivos e sabe ouvir.É claro que o pai-líder exerce melhor a sua função de educar os filhos do que o pai-chefe. Por isso, no dia dos pais, todo pai deveria perguntar-se: Sou um pai-chefe ou um pai-líder? Ou, simplesmente, sou um pai permissivo?