Comprovada inocência de Dilma Rousseff
Carolina Saito
Depois de sete anos do golpe parlamentar contra Dilma Rousseff (PT), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) inocentou a ex-presidente de ter cometido as chamadas “pedaladas fiscais”. O processo já havia sido arquivado pelo Ministério Público Federal em 2022 por falta provas. É uma decisão tardia se levarmos em conta o afastamento injusto da ex-presidente e os fatos subsequentes que levaram chegada ao poder de Jair Bolsonaro (PL).
Em 2016, quando o deputado federal Eduardo Cunha e seus aliados golpistas se mobilizavam para consumar o impeachment, do outro lado, os brasileiros democráticos protestavam dentro e fora do país contra o golpe que estava em curso. Os parlamentares golpistas defendiam – e ainda defendem – os donos do capital ligados aos interesses estrangeiros no país e contavam com apoio da grande mídia. Os principais veículos de comunicação propagavam mentiras incriminando a presidente Dilma e justificando a necessidade de tirá-la do poder.
Como era de se esperar, decisão do TRF-1 não foi divulgada pela maior parte grande imprensa, que segue antipetista e contraria aos interesses nacionais e longe de assumir o mea culpa pelas injustiças contra a primeira presidente da República eleita democraticamente.
Pode ter faltado “jogo de cintura” para a ex-presidente lidar com as chantagens do centrão num Congresso Nacional sem maioria governista, mas devemos ressaltar a sua honestidade e seu respeito à democracia. Foi lutando pela democracia que Dilma foi presa e torturada durante a Ditadura Militar. O fato dela ter lutado por um país melhor a faz uma grande mulher. Sofreu um golpe por defender as riquezas nacionais e os direitos dos brasileiros. Sofreu os piores xingamentos por ser uma mulher culta, corajosa e honrada. Mas nem por isso se fez de vítima como fazem os covardes.
No dia 24 de março, Dilma Rousseff foi eleita presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco do Brics. O NBD financia projetos de desenvolvimento sustentável nas áreas de infraestrutura, transportes, saneamento, energia limpa, infraestrutura digital e social. Dilma Rousseff deu a volta por cima em grande estilo.