Vereadores irão reanalisar contas rejeitadas do prefeito Fábio Bello
Uma manobra entre os vereadores Aline do Rosarial (DEM), Paulinho Sasaki (PTB), Rodrigo de Lima (PCdoB) e Devanil da Ressaca (PMDB) levou a plenário uma proposta inusitada: cancelar os decretos legislativos, de 2010 e 2011, que rejeitaram as contas do prefeito Fábio Bello de Oliveira (PMDB), de 2007 e 2008. O pedido, sem precedentes, foi feito pela vereadora Aline do Rosarial e acatado pelo presidente da Câmara, Paulinho Sasaki. Na comissão de Justiça e Redação, Devanir e Rodrigo emitiram parecer favorável a anulação dos decretos, cinco anos depois da rejeição.Até mesmo o advogado da Câmara, segundo o então vereador Carlinhos Marques (PSB), desconhecia a viabilidade do pedido. “Como pode, cinco anos depois, os vereadores anularem a decisão tomada pela legislatura anterior. Há decisões do Superior Tribunal de que a decisão da Câmara, à época, era soberana. Agora, os vereadores querem anular a decisão para tentar limpar a ficha do atual prefeito”, falou Carlinhos.O argumento usado pelos vereadores aliados ao prefeito era de que o Tribunal havia emitido parecer aprovando as contas do prefeito Fábio Bello e a Câmara, na ocasião, não deu oportunidade de defesa. Pedrão da Água, que participou da votação à época, disse que houve sim direito a defesa. “Eu era presidente da Câmara na época e teve inclusive sustentação do advogado do prefeito nessa casa”, lembrou. Vale lembrar, o Tribunal de Contas emite um parecer opinativo quanto às contas dos prefeitos. Para derrubar o parecer do Tribunal é necessário dois terços dos vereadores, o que aconteceu a época.Votaram contra a iniciativa os vereadores Carlinhos Marques (PSB), Jair Marmelo (PCdoB), Pedrão da Água (Pros), Abel do Cupim (Solidariedade) e Rozi da Farmácia (PTB). Os favoráveis a nova avaliação das contas de 2007 e 2008 foram: Aline do Rosarial (DEM), Leôncio Ribeiro (PMDB), Dr. Rodrigo (PCdoB), Devanir Andrade (PMDB), Luizinho do Depósito (PMDB), Beto Arrais (PPS), Israel de Castro (PSDB) e Paulinho Dias. Sasaki, que aceitou o pedido sem precedente, só votaria em caso de empate. Odir Bastos não foi à sessão.