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Vereadores aprovam a vinda do Mais Médicos e outros 23 projetos para Ibiúna

Numa sessão que durou mais de 6 horas, a Câmara Municipal de Ibiúna aprovou 24 projetos nesta terça-feira (15). Um dos mais importantes instituiu o “Programa Mais Médicos” no município, através do qual 12 clínicos gerais passarão a atender nos postos de saúde da zona rural. Apenas os vereadores Paulinho Sasaki (PTB) e Rozi da Farmácia (PV) foram contrários ao referido projeto. “Serão profissionais treinados especialmente para atender na rede básica de segunda à sexta, 8 horas por dia, em diversos bairros. Com isso, conseguiremos desafogar o atendimento no Hospital Municipal, ampliando a realização de cirurgias, bem como o atendimento em especialidades, como pediatria, ginecologia, cardiologia e outros. É um projeto inovador do Governo Federal, que foi sucesso em países como Portugal e Noruega. Respeito as opiniões contrárias, mas não consigo compreender como alguém pode votar contra um programa tão importante como este. Juntamente com o Prefeito Professor Eduardo (PT), fomos diversas vezes até Brasília, conversamos com o Ministro e agora a cidade será a que terá o maior número de profissionais do Mais Médicos na região. Sei que ainda temos muito a realizar neste setor, mas já é um grande passo para melhorarmos o atendimento aos ibiunenses”, declarou o vereador Carlinhos Marques (PT), um dos principais articuladores para vinda do Mais Médicos para Ibiúna.Com a aprovação do projeto, o município pagará apenas um auxílio-moradia de R$ 2.100,00 mais R$ 400,00 de vale-alimentação para cada um dos  médicos que fizerem parte do programa. Já o salário será custeado pelo Governo Federal. “Sei que principalmente a classe médica condena este programa por contar com a participação de profissionais cubanos. Mas não podemos esquecer que a prioridade é a vinda de médicos brasileiros. Além disso, todos sabemos que Cuba possui um dos melhores sistemas de saúde do mundo. Muitos são contra e usam este preconceito para continuarem neste corporativismo, com alguns médicos ganhando mais de R$ 30 mil e não querendo atender em regiões distantes dos grandes centros. Jamais estes vão querer concorrência. Mas saúde é coisa muito séria e foi pensando no povo mais humilde que o ex-ministro Alexandre Padilha criou este projeto inovador, que tenho certeza que será muito importante para o atendimento de nossos munícipes”, acrescentou Carlinhos.Outros vereadores também elogiaram a iniciativa. “Infelizmente, a nossa realidade é complicada, pois nenhum médico queria trabalhar em bairros distantes, como o Rio Bonito, por exemplo. Mas o povo de lá precisa de atendimento e é exatamente isso que este projeto vem contemplar. Parabéns ao prefeito e aos demais vereadores pela aprovação do mesmo”, elogiou o vereador Beto Arrais (PPS).Já a vereadora Rozi disse que votou contrário por não confiar muito neste projeto e achar o auxílio-moradia concedido pelo município muito caro. “Estou triste com este projeto, mas voto consciente, pois não estamos conseguindo pagar nem os médicos que já estão atendendo em nossa cidade. Nada de preconceito, mas ainda tenho uma certa dúvida quanto a este Programa”, alegou a vereadora.Outros projetos importantesEntre os 24 projetos aprovados durante a mesma sessão, também existiam outras medidas importantes, como a abertura de um Crédito Suplementar de R$ 760 mil para recapeamento de diversas ruas do centro e aquisição de equipamentos para o Hospital Municipal; desconto no IPTU para quem transferir seus veículos para Ibiúna; desapropriação de uma área no bairro do Sorocabuçu para criação de mais um polo industrial; regularização dos serviços de voluntariado de autoria do vereador Beto Arrais; além de outros projetos voltados a defesa do idoso e do deficiente físico, sendo destaque para uma Lei de Autoria do vereador Israel Zaia (PSDB), que obriga as empresas que forem beneficiadas pela Lei de Incentivo Fiscal do município a contratarem pelo menos um portador de necessidades especiais e um idoso para cada 50 funcionários, e outra que reserva 5% das moradias provenientes de programas habitacionais para deficientes e 4% para idosos, sendo este apresentado pela vereadora Rozi. “Foi uma sessão cansativa, mas bastante proveitosa e resolvemos fazer este mutirão para acelerar o desenvolvimento do município em vários setores. Com a indefinição política resolvida, agora estamos começando a colher os frutos plantados no inicio do ano. Estamos fazendo nossa parte e esperamos que a prefeitura faça também a dela, colocando em prática as Leis ora aprovadas. Vamos fiscalizar e cobrar, pois são estas as nossas atribuições”, finalizou o presidente da Câmara Municipal, vereador Abel do Cupim (SOL).

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