Vereador diz que governo começa ciclo de realizações
Vereador pelo primeiro mandato, Carlinhos Marques (PT), de apenas 25 anos, acumula no currículo político, o título de Presidente da Câmara dos Vereadores mais novo da história de Ibiúna. Em 2013 ele ocupou a direção do legislativo, e sempre esteve ao lado do prefeito Professor Eduardo (PT) durante o primeiro ano da administração petista. No fim do mesmo ano, ele foi escolhido presidente também do Partido dos Trabalhadores (PT), do atual prefeito, e se tornou uma das principais lideranças políticas no município. Junto com o Professor tem sido protagonista de algumas das atuais conquistas do município. Nesse ano, o vereador ocupa a presidência da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo. Em entrevista ao VOZ, Carlinhos garante que administração petista começa ‘ciclo de realizações’ agora.
VOZ – Como vereador, quais são as principais dificuldades enfrentadas pelo município em sua opinião?
A primeira delas é o baixo orçamento de Ibiúna, aquém do necessário para cumprir suas despesas. A arrecadação de Ibiúna é semelhante a do município de Vargem Grande Paulista, mas temos 20 vezes o território do município vizinho e a nossa população dobra, em relação a de Vargem. Essa receita baixa não permite que tenhamos investimentos com recursos próprios e isso dificulta muito. Enquanto Ibiúna arrecada R$ 130 milhões com 80 mil habitantes, São Roque, que tem território metade do nosso, e população que se assemelha com a de Ibiúna, arrecada R$ 220 milhões. É nítido que os municípios vizinhos têm melhores condições de governabilidade do que o nosso. Somos o município que tem a menor arrecadação per capita da região com o maior território. Perdemos em arrecadação per capita até para Tapiraí. Em segundo lugar, o fato de sermos também o único município da região a termos um hospital municipal. Vargem Grande tem Pronto Socorro apenas, Piedade tem Santa Casa e São Roque também Santa Casa. Além disso, o SUS repassa R$ 300 mil por mês para o hospital e o Estado não repassa nenhum centavo. Nosso orçamento se compromete com o hospital e o atendimento não é satisfatório.
VOZ – E quais são as soluções?
Precisamos aumentar a nossa receita. Para isso, temos procurado incentivar o morador ibiunense e aqueles que têm chácaras de veraneio para que transfiram seus veículos para Ibiúna, para que tenhamos a receita do IPVA; temos cobrado também do Executivo para que as construções sejam regularizadas, como prevê a legislação; e incentivado a vinda de novos investimentos para que de uma forma mais rápida tenhamos mais pessoas no mercado de trabalho, com carteira assinada, fazendo com que a nossa receita aumente com o consumo, por meio das transferências do ICMS, além do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Com mais pessoas ativas economicamente, temos mais consumo e, consequentemente, maior receita. Teremos, em breve, os resultados do trabalho que fizemos em busca dos novos investimentos. Esse é o primeiro passo. Além disso, para suprir a escassez de recursos próprios para os investimentos, temos procurado recursos extras, como emendas de deputados, programas estaduais e federais e assim ajudar o prefeito a fazer as benfeitorias que a população precisa. E os primeiros resultados estão saindo e muitos outros virão. Estamos começando um ‘ciclo de realizações’.Já para a saúde, o investimento na atenção básica tem sido para diminuir os custos do hospital ao diminuir a demanda dos atendimentos. Tenho conversado com o atual secretário, o vice-prefeito Adal Marcicano, porque precisamos de uma entidade ‘Santa Casa’ para administrar o nosso hospital. Acredito que seja uma forma de diminuir os custos e ainda melhorar o atendimento.
VOZ – Quais são as benfeitorias que compreende o ‘ciclo de realizações’?
É a retomada da ciclovia da marginal, a retomada das obras das 189 casas no CDHU Jemima, obras de infraestrutura na cidade que estão em andamento, asfalto no bairro da Ressaca (obra que será licitada no próximo dia 30), convênio para recapeamento da vicinal do Colégio (que foi assinado graças a um árduo trabalho político para recuperar um recurso que havia sido perdido durante o período em que o Eduardo não esteve na Prefeitura e começa ainda este ano). Estamos com obras de três Unidades Básicas de Saúde em andamento, além de mais duas para iniciar, no bairro do Tavares e no bairro do Rosarial; a do Paruru, será construída com recursos de uma emenda parlamentar no início do próximo ano. Recebemos os 11 médicos do ‘Programa Mais Médicos’ que vai ajudar muito na proposta que temos para a medicina preventiva no município. Conversei com o prefeito e estamos prevendo o início de obras de melhorias nos bairros do Cupim (graças ao vereador Abel), Laval, Vila Pitico e Hortências nos próximos meses. Estamos ainda com convênios para serem assinados assim que terminar o período eleitoral para beneficiar com pavimentação o bairro do Residencial Europa, Gabriel e Vicinal da Vargem do Salto. Na educação, nova escola no Paruru, creches do ProInfância no distrito e também no bairro do Gabriel e reforma em outras unidades, além de mobiliários novos nas escolas. Boa parte dessas benfeitorias já foi votada na Câmara e foram alcançadas graças a viagens que fiz junto com o prefeito e outros vereadores a Brasília e visitas a amigos deputados. Estamos prestes também de iniciar as obras de saneamento básico no bairro do Ibiúna Garden, Residencial Europa, Puris e Capim Azedo, graças a renovação de contrato com a Sabesp que estava parado desde 2005. Assumi como presidente da Câmara e votamos o projeto em quatro meses, o que ficaram seis anos sem votar. Asfaltamos recentemente um trecho da Estrada do Morro Grande e fizemos algumas outras ruas no ano passado. Teremos também novidades na geração de empregos, cursos profissionalizantes do Pronatec, além de outras benfeitorias que serão alcançadas em outros bairros e outras estradas vicinais. Sei que os resultados do nosso árduo trabalho acontecerão em breve.
VOZ – A troca de prefeito prejudicou a administração do prefeito Professor Eduardo?
Prejudicou muito. Primeiro que o prefeito Eduardo não teve tempo de fazer transição com administração que estava em 2012. Ele teve a confirmação de que seria prefeito em 12 de dezembro daquele ano. Além disso, sabíamos que havia possibilidade de outro prefeito assumir no decorrer de 2013, e o Eduardo tinha essa sombra que prejudicou um ano inteiro de governo. Saiu em setembro e voltou em dezembro, com uma situação atípica novamente. Com todo esse impasse político, não foi apenas o Eduardo que teve um ano de governo perdido, foi Ibiúna que perdeu mais um ano de seu desenvolvimento. Ainda de forma tímida, o governo do Eduardo, o governo do PT, está iniciando um ciclo de realizações que dará um salto de qualidade na vida de muitos ibiunenses.