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Vereador de Ibiúna é acusado de intermediar venda de exames na rede pública de Barueri

A Prefeitura de Barueri acionou o Ministério Público e a Polícia Civil após descobrir um esquema em que uma mulher, moradora de Barueri com trânsito no Centro de Diagnóstico da cidade, intermediava a venda de exames para pacientes de Ibiúna. O esquema fraudulento tem como envolvido, pelo menos, um vereador da cidade de Ibiúna.

A Prefeitura de Barueri, por meio do secretário de Saúde, Milton Monti, informou na tarde de hoje (terça-feira, 15) que até o fim do dia a denúncia seria levada para representantes do Ministério Público e da Polícia Civil para formalizar e pedir ampla investigação para os crimes de extorsão e estelionato, praticados através da venda de exames no Centro de Diagnóstico de Barueri. A Prefeitura de Barueri abriu sindicância para apurar o caso e os nomes dos envolvidos foram mantidos em sigilo pela administração.

Segundo o gestor da pasta, a administração já possui provas de dois casos e pedirá ao Ministério Público e Polícia Civil a ampla investigação de funcionários públicos, ligados à Saúde, para identificar os agentes facilitadores das fraudes. Os casos recentes aconteceram nos dias 9 e 10 de agosto, mas segundo fontes da quais o VOZ teve acesso, o esquema funciona desde o ano passado.

“O Ministério Público vai receber nossa denúncia hoje. Temos o nome de alguns envolvidos e o comprovante de pagamento via PIX. Agora, queremos uma ampla investigação com quebra de sigilo bancário para descobrir mais casos e punir de forma exemplar os envolvidos neste tipo de ação criminosa”, explicou o secretário.

Moradora de Barueri e vereador de Ibiúna

O secretário de Saúde revelou que a constatação da venda dos exames ocorreu no dia 9 de agosto. Após uma funcionária ter procurado a chefia do Centro de Diagnóstico para relatar um questionamento realizado durante um atendimento.

“Uma paciente aguardava um exame na sala de espera e passou a conversar com outra que também aguardava ser chamada para o procedimento. Durante a conversa, essa segunda paciente elogiou a estrutura do Centro de Diagnóstico e disse que achou barato o valor pago para realizar o exame. Neste momento, a primeira paciente que, de fato é moradora da cidade, revelou que o Centro de Diagnóstico pertence a Prefeitura e que os exames são realizados gratuitamente, ou seja, sem pagamento”, revelou o secretário Milton Monti.

Ao constatar que o local de fato pertencia a Prefeitura a paciente revelou para a chefia do Centro de Diagnóstico que pagou R$ 300 por duas tomografias, ou seja, R$ 150 por exame. A paciente ainda mostrou o comprovante de pagamento realizado na chave PIX da acusado.

“Tudo funciona da seguinte forma: essa moradora de Barueri é procurada por esse vereador e assessores que pedem os exames. Após receber o pagamento e com a ajuda de funcionários de Barueri eles desmarcam a consulta de um paciente da cidade e fazem o agendamento para o paciente que pagou pelo procedimento”, explicou o secretário.

Vereadores

Segundo uma fonte, que não quis se identificar, o esquema funciona desde o ano passado e mais de um vereador de Ibiúna tem acesso com a ‘mulher de Barueri’, acusada de intermediar o esquema. O VOZ encaminhou perguntas a secretaria de Saúde de Barueri e aguarda respostas da assessoria de imprensa para trazer mais informações.

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