Um fim lamentável do governo Paulinho Sasaki
Editorial
Após o resultado das urnas – que não pode ser considerado de todo ruim para o atual prefeito Paulinho Sasaki (PL) –, a postura do alcaide tem sido decepcionante, principalmente no tocante a transição de governo. Aqui, vale destacar, que em 2020, antes de assumir a administração do município, o atual prefeito teve que acionar a justiça para conseguir acesso a prefeitura e iniciar o processo de transição. Agora, do outro lado, Sasaki comete os mesmos equívocos que outrora criticou.
O processo de transição serve para que o governo eleito possa ter as informações sobre a situação financeira, dívidas, contratos, cargos, entre outros dados que são primordiais para o início de um governo, com o intuito de dar continuidade a serviços essenciais, como de saúde, que não pode ser interrompido. Ao tumultuar a transição, como vem fazendo Sasaki – que já redigiu três decretos com datas diferentes para início do processo –, prejudica exclusivamente a população ibiunense, que necessita ser assistida nos serviços essenciais independente de quem for o governante.
Além disso, um decreto de emergência financeira, publicado após a eleição, mostra também a falta de transparência do atual governo. Ou seja, pouco antes do período eleitoral, diversas obras foram iniciadas com recursos próprios, com objetivo claro de tentar ludibriar o eleitor e vencer as eleições. O volume aparentava que a situação financeira da prefeitura estava com o cofre abastecido. Pós a eleição, porém, a realidade veio à tona: o caixa está apertado e despesas precisam ser cortadas. A postura de Sasaki para vencer as eleições pode ser interpretado como um estelionato eleitoral – omitiu a real situação financeira do município, inflou os gastos e após a derrota escancarou o caos econômico da Prefeitura de Ibiúna em um decreto que não irá resolver a catástrofe causada pelo governo dele mesmo.
Sasaki terminou a eleição com pouco mais de 33% dos votos válidos, índice bem parecido com os 34,28% que obteve em 2020, quando venceu a eleição. O índice é maior do que o que João Mello alcançou em 2016, quando venceu o pleito. Por pior que possa parecer não ter alcançado a reeleição – quando houve recorde de prefeitos reeleitos no país – a votação do atual prefeito ainda mantém o capital político da dupla com Fábio Bello. Ocorre que, por conta de sua postura omissa e submissa ao ex-prefeito, terminar o mandato com decisões precipitadas sem pensar na população da cidade, que já sofre por conta de seu governo malfeitor, é um fim lamentável.
O desejo da população em sua grande maioria é que o prefeito eleito Mário Pires (Republicanos) possa vencer os desafios impostos e fazer um governo voltado para atender as demandas da população, sobretudo os que estão em situação de vulnerabilidade social. O desafio não será fácil, ainda mais com a herança que a dupla Bello/Sasaki deixará para o novo governo.
Uma boa leitura a todos e até a próxima edição.