Cidade

Transporte coletivo continua um caos


Júlia Tanaka

Na última terça-feira, dia 2, após receber uma série de reclamações por redes sociais e por telefone, a equipe do jornal esteve na rodoviária local para acompanhar a rotina dos usuários do transporte coletivo no município. São atrasos, ônibus sem conservação e muitas reclamações dos munícipes. A professora da rede pública de Cotia, Edneide Camargo, residente no bairro do Piaí, disse que estava na rodoviária desde às 16h, mas o ônibus com destino ao bairro do Morundu só iria sair às 17h40. “Já cheguei a esperar por mais de duas horas. Em Cotia, se você perde o ônibus, de 15 em 15 minutos, passa outro. Aqui é um descaso. Falta sensibilidade das autoridades”, desabafou a professora.
Já o cadeirante Alexandre Borba, que reside no bairro dos Tavares, estava revoltado com os elevadores para cadeirantes dos ônibus, porque não funcionam. “Essa empresa de ônibus que o prefeito colocou dispõe de ônibus de péssima qualidade, nem nome consta nos veículos. São sucateados e quebram sempre. Os motoristas são os que mais sofrem por escutar as ofensas dos passageiros”, disse Alexandre.
No bairro da Ressaca, segundo uma passageira que preferiu não se identificar, o ônibus não passa mais por dentro do bairro, como outrora, obrigando os moradores a se dirigirem até a rodovia a fim de tomarem o ônibus, penalizando os usuários. Já no CDHU Santa Lúcia, outra usuária disse que tem dias de semana que já aguardou por quase 02 horas para tomar o coletivo. Em fins de semana a situação é ainda pior.
Nossa equipe ouviu reclamações de moradores do bairro do Puris, do Verava, Cachoeira, Cupim e outros. O descontentamento com os serviços oferecidos pela atual empresa do transporte coletivo é grande. Os usuários pedem mais trajetos – como uma linha para atender os bairros próximos, como CDHU Jemima, Residencial ‘Minha Casa, Minha Vida’ e o CDHU Santa Lúcia, passando pelo centro da cidade.
O VOZ ouviu de um fiscal da empresa responsável pelo transporte que alguns ônibus estavam em manutenção por isso a rotina dos trajetos e horários estavam alterados. No fim da tarde, segundo o fiscal, outros veículos seriam liberados. Questionado se tinha conhecimento sobre as reclamações de usuários que aguardam no terminal há mais de uma hora, disse que desconhecia tais atrasos.
A licitação para definir a empresa responsável pelo transporte coletivo para os próximos 20 anos está prevista para amanhã, sexta-feira (5), embora já fora agendada para outras datas e não ter sido concretizada. O setor de licitações funcionará excepcionalmente nesta sexta para a realização da concorrência.

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