Editorial

Qual será a surpresa da próxima eleição?

Editorial

A 4 meses para a eleição municipal de outubro, o quadro político em Ibiúna está praticamente definido, exceto se houver alguma surpresa de última hora, como aconteceu na eleição passada. Em 2020, a grande surpresa das convenções foi a decisão do ex-prefeito Fábio Bello (MDB) de não concorrer – tendo em vista as condenações por improbidade administrativa que tornaram o ex-prefeito inelegível. Na ocasião, Bello apoiou Paulinho Sasaki e emplacou o seu irmão Alexandre na chapa vitoriosa.
Por ora, cinco nomes se apresentam como pré-candidatos a prefeito: o atual Paulinho Sasaki (PL), que buscará a reeleição, os advogados Adilson Ribeiro (o Tenente Adilson, União Brasil), Mário Pires (Republicanos) e Renan Godinho (Podemos), além do empresário Alle Zanatta (PT). Em Ibiúna, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 23 partidos estão com órgão definitivo ou comissão provisória, aptos portanto a lançarem candidatos.
O número dos pré-candidatos a prefeito é o menor do que as últimas três eleições. Em 2012, foram seis concorrentes ao Executivo municipal, enquanto em 2016 foram oito e, em 2020, nove. Se confirmados os cinco pré-candidatos, será a eleição com o menor número de postulantes, desde 2012. Acontece que a exoneração do ex-prefeito Fábio Bello do cargo de secretário municipal, nesta semana, reascendeu a expectativa de que o político – com o maior número de mandatos como prefeito na história da cidade – esteja novamente nas urnas, mesmo com as suas velhas pendências judiciais, que, por breve consulta, ainda podem causar-lhe problemas.
Pesa a favor do ex-prefeito Fábio a recente mudança na legislação das improbidades administrativas, bem como a prescrição de algumas de suas condenações. O histórico do político, que causou o maior alvoroço na política ibiunense com três trocas de prefeitos, entre 2013 a 2014, durante o mandato, por conta de sua candidatura baseada em uma liminar, ainda ecoa na lembrança do ibiunense. Em 2016, quando concorreu a reeleição, novamente, os votos de Fábio Bello foram anulados. Como perdeu a eleição, seu processo de registro de candidatura, no TSE, em Brasília, foi extinto. Em 2020, como já mencionado, Bello não concorreu.
Agora, a decisão de ser exonerado, em um governo em que Fábio dá as cartas, é o indicativo de que, é provável, que ele esteja nas urnas e com apenas duas opções para disputar: prefeito ou vice (para vereador, o prazo de afastamento dos secretários municipais é de 6 meses antes da eleição).
Diante do cenário, a decisão que tomará o cacique da política ibiunense pode mexer com o quadro aparentemente definido. Se for vice, Fábio poderá ocupar a chapa com Sasaki no lugar de seu irmão Alexandre. Se for candidato a prefeito, o que será do submisso Paulinho? Os próximos capítulos prometem movimentar os bastidores da política local.


Uma boa leitura a todos e até a próxima edição.

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