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Prefeitura divulga R$ 85 milhões em dívidas

Todo cidadão que já necessitou de auxílio urgente de saúde sabe o quanto é importante ter uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel à disposição próxima à sua residência. Agora, imagine se os quase 80 mil munícipes de Ibiúna contassem com 425 UTIs equipadas à porta de casa. Isso custaria ao município cerca de R$ 85 milhões, justamente o valor acumulado de dívidas deixadas pelas administrações que antecederam o atual prefeito, Professor Eduardo.
Até o momento, a Secretaria de Finanças da gestão Professor Eduardo e Adal Marcicano apurou a dívida de R$ 85.615.695,07. Deste total, R$ 45.613.812,13 são valores a pagar a fornecedores de serviços e materiais de curto prazo, uma boa parte (cerca de R$ 16 milhões), com falta de documentos ou notas fiscais.
Já a dívida judicial e parcelamentos em longo prazo correspondem a R$ 40.001.882,94, o que inclui INSS (cerca de R$ 9 milhões), precatórios (em torno de R$ 8 milhões) e FGTS (que passa de R$ 7 milhões). O pagamento do fundo de garantia foi, inclusive, um dos maiores problemas enfrentados pela administração Coiti Muramatsu no final de 2012, pouco antes de deixar o posto de prefeito. Houve saldo insuficiente para pagamento dos salários de dezembro, 13º salário e rescisões vendidas no início de janeiro em torno de R$ 5 milhões.
De acordo com Cleiton Samuel Fernandes, contador da prefeitura, a responsável pela demora para se chegar aos números que têm assustado a atual administração foi a falta de controle nas contas, pela ausência de documentos que comprovassem todos os gastos. E os números ainda podem aumentar. Por conta do descontrole, devem ser abertos processos administrativos para apurar dados conflitantes nas contas públicas.
Por outro lado, o saldo bancário deixado, entre contas de livre movimentação e contas vinculadas a convênios, foi de R$ 1.115.389,16.
A dívida é tão grande que é apenas cerca R$ 20 milhões a menos que o orçamento anual aprovado para 2013, que é de R$ 104.112.611,75. De acordo com o prefeito, Professor Eduardo (PT), o problema pode engessar as ações do governo. “Se fosse uma empresa, já teria sido fechada”, comenta.

Devolver dinheiro
Além do rombo de R$ 85 milhões, será preciso devolver dinheiro – cerca de R$ 2 milhões – referentes a convênios entre 2000 e 2012, cujos destinos até o momento são desconhecidos, mas estão sendo apurados.

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