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Padre Daniel orienta fieis sobre manter a comunhão diante das restrições às missas

Diante do plano emergencial do Estado de São Paulo, que teve início na última segunda-feira (15), e segue até 30 de março, o padre Daniel Victor, da Igreja Santa Teresinha do Menino Jesus e São Roque, apontou alguns procedimentos que precisam ser adotados nesse momento. Confira:
“É necessário que tenhamos algumas atitudes em comum a todos. Nossas igrejas têm buscado levar todos os cuidados nas orientações que passamos ao povo, com poucas exceções. Mesmo assim, devemos dar exemplo de obediência e cumprimento das normas.
Funcionarão da seguinte forma: celebrações coletivas em massa não serão permitidas, missas serão sem a presença dos fiéis, porém transmitidas online. Os templos poderão ficar abertos para visitação e oração pessoal e os atendimentos devem ser agendados.
É uma restrição cautelar tendo em vista que todos precisam colaborar com espirito de penitência e compaixão para com a sociedade que vem sofrendo muito nessa batalha contra o vírus, falta solidariedade e auxilio mútuo, mais uma vez somos apelados a aprender com os erros e consequências dos atos imprudentes de toda sociedade, tanto governamental quanto economicamente e civil. A ansiedade é grandiosa e os direcionamentos foram politizados, cada um enfrentando de uma forma essa pandemia coletiva, e faltou sensibilidade para que as pessoas pudessem ser mais solícitas e empáticas.
A orientação da Igreja é para que todos busquem nestes tempos de pandemia, a virtude da fé aonde devemos superar o medo, confiando em Deus presente em toda história humana, nos fortalecendo em meio aos sofrimentos e tendo prudência ao seguir o direcionamento de proteger a vida em todos os aspectos. Não devemos nos expor a riscos desnecessários como reuniões e festas sem o clima verdadeiro para confraternização, pois posturas como estas revelam os atos que são simplesmente aguçados para satisfazer a ansiedade do indivíduo que não suporta as renúncias tornando escravo de si mesmo, sem equilíbrio e ignorando a seriedade e gravidade do estado pandêmico.
Desta forma, mesmo não sendo presencialmente os encontros celebrativos, devemos buscar mais do que nunca ser mais reflexivos e orantes, superando o imediatismo e o materialismo, enfrentando com maturidade este vírus que não escolhe classe social para interferir na pessoa humana e também valorizar cada aspecto positivo da vida que antes não valorizávamos, sabendo que o vírus traz transtornos não só para a saúde física, mas também vêm abalando o ser humano em seu emocional psicológico. Cremos que um dia tudo será controlado e que vai passar esse estado mais alarmante e crítico, mas que não sejamos ansiosos em cantar vitória antes do tempo, iludidos e cegos em não crer na realidade presente, buscando culpados e se eximindo da sua responsabilidade em combater os males e consequências desta pandemia visando somente bem individual, e não o bem coletivo.
Assim já dizia Santa Madre Paulina: ‘É preciso ter esperança, mesmo que enfrentemos ventos contrários, permaneçamos firmes unidos no Senhor’. Que o desanimo, o medo e a tristeza, sejam sempre vencidos pela divina vontade e a fé que habitam em nós. Façamos que nossos lares não pensem em ser um cárcere que restringe nossas vontades e potencialidades, mas sim um lugar de encontro com Deus valorizando cada segundo o dom de nossas vidas e daqueles que amamos, formando uma igreja doméstica aonde Deus habita”.

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