O triste fim da era Fábio Bello
Terminada a eleição municipal que elegeu o prefeito, vice-prefeito e vereadores à Câmara Municipal, o destaque ficou por conta do fim da era Fábio Bello de Oliveira (PMDB) na política de Ibiúna. Convém ressaltar que o tumultuado processo que transformou a política local ao longo de quatro anos, num entra e sai de prefeitos teve o seu acórdão referente ao julgamento de 2015 – que garantiu a permanência de Bello até o fim do mandato – finalmente foi publicado pelo Tribunal Superior Eleitoral. No acórdão está comprovado a inelegibilidade do atual prefeito por oito anos, desde o julgamento de um Recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve sua condenação, ainda em dezembro de 2013. Portanto, somente nesta condenação por improbidade, Bello está inelegível até dezembro de 2021.
Como se não bastasse tudo isso, mesmo sabendo de sua situação como político Ficha Suja, Fábio Bello se lançou candidato a reeleição e foi impugnado pela justiça eleitoral local, mesmo se dizendo apto a concorrer mais uma vez ao cargo de prefeito nessa eleição. Não conseguiu o registro de sua candidatura e, pior que isso, perdeu nas urnas, rejeitado pela grande maioria do eleitorado ibiunense.
Fábio Bello, que se dizia publicamente perseguido, foi na mais exata expressão de verdade, vítima de seus próprios erros e desacertos no curso de sua administração. A partir de agora, sem a prerrogativa de prefeito, sem foro especial, deve prestar contas à justiça em vários outros processos, inclusive criminais, que estão em andamento na justiça pública. Como cidadão comum, sinto-me compensado por ter sido o autor responsável pela denúncia que originou o processo de improbidade administrativa que culminou no acórdão do TSE, em 03 de outubro.
José Gomes (Linense)