Colunistas

O que os educadores esperam do próximo presidente?

Professora Luiza

Não precisamos ser especialistas no assunto para perceber o quanto a educação brasileira está carente e, portanto, necessita de uma maior atenção. O grande problema das administrações públicas é achar que para mudar o atual cenário precisam “reinventar” a educação; nesse reinventar acabam se perdendo em formalidades e burocracias e no final do processo nada acontece. Quando paramos para refletir sobre o futuro da educação e o que esperar do novo presidente, podemos afirmar que não estamos a espera de um milagre e bem sabemos que toda meta é alcançada dia após dia; mas como precisamos de um ponto de partida, sugerimos que se comece pelo que há de mais simples e ao mesmo tempo mais precário em nosso sistema educacional: a valorização do professor em seu efetivo exercício, que há tempos (na maioria das realidades) estão com salários burlescos e, também por isso, o professor se tornou uma das profissões mais desprezada no Brasil. Contudo é preciso lembrar que tal qual outras profissões nas quais se exige um curso superior, o profissional da educação também dedica seu tempo e seu dinheiro para estar apto em atender seus alunos, logo merece maior valorização.
Também pode ser considerada uma prioridade, quando falamos em metas, o avanço na qualidade do ensino, avanço que há muito estamos esperando. É comum culpar o professor pelo sucesso ou fracasso de seus alunos, mas a verdade é que todo e cada professor em sua sala de aula faz o que pode com os recursos que tem em mãos, lembrando que esses recursos estão cada vez mais escassos. Dessa forma, para atingir de fato esse avanço, é preciso muito mais que o esforço do professor. É preciso investimento nas escolas públicas, desde o mobiliário até os recursos tecnológicos; é preciso reduzir o número de alunos nas salas de aula; é preciso devolver ao professor sua autoridade e sua dignidade. São esses os dois pilares que podem dar início a uma mudança significativa no nosso quadro educacional. Isso é o que queremos, isso é o que merecemos: valorização profissional e investimento.

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