Colunistas

O que espero do Governo Temer

Claudino Piletti

Espero, do governo Temer, o mesmo que esperam quase todos os brasileiros: melhores condições de vida para a população em geral. Digo “quase”, pois, sempre houve e sempre haverá uma parcela de brasileiros partidária do “quanto pior, melhor”.Sou partidário do “quanto melhor, melhor”, venham de onde vierem as melhorias. Acho que ninguém deve recusar o milagre só porque não veio do santo de sua devoção.É claro que na política não há santo… Muito ao contrário. Pesquisa doIpsos mostra que a imagem da classe política está em frangalhos. Para 86% dos entrevistados, falta um político em que se possa confiar, e 79% não se sentem representados por nenhum partido. Mas, se a população continuar se manifestando e a Lava Jato funcionando, algumas melhorias, certamente virão.O país vive hoje a sua pior crise econômica, cujos principais problemas foram enumerados por Temer em seu discurso de posse como presidente em exercício: “São 11 milhões de desempregados, inflação de dois dígitos, déficit de quase R$ 100 bilhões, recessão e também grave situação caótica da saúde pública. Nosso maior desafio é estancar o processo de queda livre na atividade econômica, que tem levado ao aumento do desemprego e perda do bem-estar da população.”Talvez a maior dificuldade para sair da crise esteja no fato de que, atualmente, o Brasil é um país dividido. É o “nós” contra “eles”, quando, na realidade, deveria ser o “nós” e “eles” a favor do país. Daí a necessidade urgente de pacificar a Nação e unificar o Brasil. Isso é, em minha opinião, o mais difícil, pois, vivemos num momento de exacerbado radicalismo, onde predomina o enfrentamento ao invés do diálogo. E, sem diálogo, não vejo perspectivas de retomada do crescimento. Assim, o risco é nosso país continuar do jeito que os partidários do “quanto pior, melhor” gostam.Mas, sempre resta uma esperança. Sem ela seria impossível viver. Sem esperança seria o inferno, à entrada do qual, Dante Alighieri, em sua Divina Comédia, colocou a seguinte inscrição: “Deixai toda esperança, ó vós que entrais.”

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