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Não seja um analfabeto político!

Ana Cristina Piletti

Basta abrir o jornal, ligar a TV ou acessar a internet para saber que a situação política no Brasil não anda nada bem. Desvio de dinheiro público, organização criminosa, corrupção ativa e obstrução da justiça são alguns termos associados à política brasileira. Se, de um lado, a desilusão dos eleitores aumenta, do outro, aumenta a esperança de construir um sistema político com menos impunidade. Mas, como fazer para que esta esperança não morra na praia?

Como dizia John Lennon “é uma falta de responsabilidade esperarmos que alguém faça as coisas por nós”. Em matéria de política, é exatamente isso. Não basta ter esperança nas instituições e nos políticos que nos representam, é preciso se responsabilizar por eles. O ato de votar, por exemplo, deve ser precedido de um esforço intelectual e moral de cada cidadão. Pode-se dizer que o cidadão deve assumir o papel de um pesquisador antes de escolher em quem votar. Primeiro, o eleitor precisa identificar os principais problemas da sua cidade. Em seguida, analisar as propostas dos candidatos. Como todas as pessoas têm passado, uma investigação sobre a trajetória política dos candidatos pode ajudar. Quem é essa pessoa? Quais foram seus feitos que ajudaram a melhorar a sociedade? Quais são as competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) que essa pessoa tem para realizar um trabalho sério e honesto? As ações desse candidato são coerentes com o seu discurso? Observe o comportamento desses políticos com atenção. Consulte sites como o do Tribunal Superior Eleitoral e Transparência Brasil e verifique a origem dos recursos utilizados por esses candidatos. Não se deixe enganar pelas aparências! Com as informações sobre os candidatos em mãos, faça uma análise comparativa entre as opções. Veja aquele que tem maior potencial para resolver os problemas identificados inicialmente. Depois disso, vote! E, caso o seu candidato ou outro seja eleito, não se esqueça de acompanhar o trabalho desse político.

Enfim, não seja um analfabeto político tal como descreveu Berthold Brecht: “(…) O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce à prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e o lacaio das empresas nacionais e multinacionais”. É por causa dele, que a situação no Brasil não anda nada bem!

 

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