Munícipe denuncia descaso na saúde de Ibiúna
Ao ser atendido no Hospital de Ibiúna, um morador do município se deparou com diversos sinais de abandono no local, fotografou e encaminhou as imagens à imprensa, juntamente com um texto no qual diz estar impressionado com o descaso à população. “O hospital municipal de Ibiúna nunca esteve tão doente com péssimas condições sanitárias e atendimento médico”, disse o denunciante, que pediu para não ser identificado apenas com as iniciais de seu nome: JST.– Numa visita rápida encontrei na recepção banheiros nas piores condições de higiene e conservação. Vaso sanitário sem tampa e sem assento, banheiro feminino sem identificação, torneira da pia emperrada e sem sabão. Na sala de sutura e curativos encontrei gaze sujo sobre a mesa e frascos abertos com produtos para curativos, na mesma sala um latão grande de lixo aberto com materiais usados, além de piso sujo próximo ao carrinho de materiais de curativos – contou.No segundo corredor, atrás da sala do gesso há uma sala sem portas servindo de almoxarifado com materiais da saúde da mulher, endereçado à secretaria de saúde. Na sala do gesso onde se recebe paciente com todo tipo de ferimento e fraturas, há uma pia com uma torneira em avançado estado de deterioração de coloração de ferrugem, oferecendo grande risco de contaminação.O morador também encontrou pacientes que reclamaram da demora no atendimento. “A população de Ibiúna não está sendo tratada com dignidade e respeito ao procurar o atendimento médico no hospital municipal.
Não há protocolo de atendimento, o paciente não passa pela triagem onde a enfermagem afere a pressão arterial, febre, etc. Assim como o médico não costuma ouvir o coração e pulmão do paciente”, denunciou JST.– No dia 28 de julho de 2015 por volta das 12horas havia apenas um médico no plantão de pronto atendimento e emergências, conforme observado a média de tempo em atendimento ao paciente era de cerca de seis minutos a sete minutos e meio. Onde estão os responsáveis? Ou melhor, os irresponsáveis que assim estão agredindo o necessitado do poder público na área da saúde? O que faz a secretaria da saúde diante de um hospital com atendimento tão doente? E a vigilância sanitária já visitou o hospital? – questionou o morador. Para JST, “o hospital municipal de Ibiúna é um risco à saúde pública”.