Mães enfrentem fila sob chuva e frio, para garantir matrículas em escolas públicas
No último dia 6, mães e avós começaram a formar filas nos portões das Escolas Municipais Calil Rahal e João Cardoso, localizadas no Bairro Capim Azedo, desde as 10 horas da manhã, para matricular seus filhos nas escolas citadas. Na verdade, as interessadas anteciparam suas pretensões, pois a data publicada para matrícula era para o dia seguinte dia 7, a partir das 8 horas, respeitando a ordem de chegada.
As vagas em questão são disputadíssimas, pois o número de vagas é bastante limitado e a procura supera a demanda. As mães Silvana França, Andrea Almeida, Eduarda Soares, Shirley Góes e a avó Iracema Bolgione foram unânimes em reclamar que a direção da escola deveria permitir que pelo menos, elas adentrassem no pátio ou em alguma sala, para que elas se protegessem do frio e da chuva contínua e por segurança. Alguns familiares não possuíam nem guarda-chuvas e ficaram expostas ao sofrimento, para conseguirem uma vaga para seus filhos na escola pública.
Diante do problema que acontece todo ano, algumas mães sugeriram que a quadra de esportes coberta, que fica ao lado da Escola Calil Rahal, seja transformada em salas de aulas de educação infantil para melhor aproveitamento do espaço. O VOZ falou por telefone com a diretora das escolas, que alegou não poder autorizar as mães se acomodarem no interior das escolas, para evitar tumultos.
Com essa situação recorrente, que não ocorre especificamente no bairro do Capim Azedo e com essas famílias, o VOZ pergunta aos órgãos públicos quando o dinheiro do FUNDEB, que é devidamente depositado nos cofres públicos e específico paraser utilizado na educação, será corretamente planejado e aplicado, na construção de novas salas de aulas para a população?
Júlia Tanaka
