Destaques

Macaco velho não pula em galho seco

A inadimplência, no Brasil, voltou a crescer no segundo trimestre de 2013, o que mostra que as pessoas iludidas pelo crédito fácil e disponível oferecidos, principalmente, pelos cartões de crédito e cheque especial, novamente, escorregaram no consumo desenfreado.
Motivada pela inércia da expectativa de investimentos produtivos, queda na taxa de desemprego, oferta de melhores negociações salariais e embalado na euforia promovida pelo governo ao isentar parte dos impostos de móveis, eletrônicos, eletrodomésticos e carros, a população foi se endividando. Atualmente tenta equilibrar suas receitas entre o pagamento de juros decorrentes de compras passadas, com a necessidade de comprar bens de subsistência. Por isso que hoje é comum vermos pessoas em Supermercados e Shoppings gastando tempo analisando preços e recusando compra ou comprando estritamente o necessário.
Ao contrário do que muitos esperavam, houve o aumento nas taxas de juros, decorrentes de gastos excessivos do governo, aumento da desconfiança interna e internacional nas relações comerciais, insegurança na empregabilidade e um aumento gradativo dos preços de produtos e serviços básicos do dia a dia. Motivos estes, que geraram uma saturação de indignações na população, a ponto de reivindicarem de forma desordenada, soluções para seus diversos problemas.
A inflação voltou a incomodar a Economia Brasileira e os seus cidadãos.
O gasto consciente e planejado é uma das formas de não se surpreender com estes movimentos cíclicos da economia nacional e internacional e do momento político em que vivemos.
As pessoas com menos de 35 anos não vivenciaram as altas taxas de juros, os altos níveis de desemprego e alto índice de inadimplência, provocados pela inflação desenfreada que imperou antes do Plano Real em 1994. Este período sombrio nós realmente não queremos ver novamente.
Temos que aprender com erros do passado e nos anteciparmos às adversidades, poder saltar de um ponto a outro com a certeza de que haverá como aterrissar.
Maurício da Costa Ribeiro
Prof. de Economia da FAPEC

Comments

comments