Lixo se amontoa no município
A redação do jornal VOZ de Ibiúna tem recebido uma infinidade de denúncias e reclamações acerca da falta de uma coleta adequada do lixo. Não é difícil perceber que em poucos dias sem os serviços de limpeza pública e coleta de lixo, todo o município de Ibiúna se encontra em uma situação crítica com relação a prestação desses serviços essenciais para a saúde e o bem estar da população. Não está nada fácil conviver com tal realidade.
Sem explicações seja na imprensa, folhetos domiciliares ou carro de som, tanto por parte da antiga empresa prestadora dos serviços, que foi oficiada para interromper o trabalho, como da atual empresa contratada, muito menos da Prefeitura, que é responsável pela contratação, fiscalização e manutenção da qualidade dos serviços, restam fatos, especulações e revolta de quem se depara dia após dia com as “pilhas de lixo” espalhadas “por aí”.
Diante de tão evidente mistério, buscamos no Diário Oficial do Estado de São Paulo algumas informações que seguem abaixo:
- No dia 04 de dezembro de 2014 foi assinado contrato emergencial com a empresa TB SERVIÇOS DE TRANSPORTE, LIMPEZA, GERENCIAMENTO E RECURSOS HUMANOS S/A para operação do Aterro Sanitário Municipal. O valor total do contrato é de R$ 443.922,99 por um período de três meses;
- No dia 03 de fevereiro de 2015 foi publicada a contratação emergencial, da mesma empresa, para a prestação de serviços de coleta de lixo, de resíduos hospitalares e de limpeza de vias e logradouros públicos. O valor mensal a ser pago é de R$ 365.000,00 por um período de seis meses.
- Na prática, percebe-se ao percorrer os inúmeros bairros do município de Ibiúna e inclusive o centro, que os serviços ainda estão a desejar, sem planejamento, equipamentos e funcionários necessários. Talvez por uma questão de adaptação ou talvez por uma questão de distorção de prioridades, não se sabe ao certo.
O fato é que não sabemos, por exemplo, se os dias e os horários de coleta foram alterados, se serão adotadas outras soluções para os bairros mais afastados, que até hoje estão sem caçambas, ou seja, não sabemos pelo que, de fato, estamos pagando, mas pagamos pela omissão.
Vale destacar, que em 13 de setembro de 2014, na administração do então Professor Eduardo, já havia sido publicada a abertura de licitação pública para a contratação de todos esses serviços, incluindo a coleta seletiva. No entanto, foi cancelado para dar vez a esse cenário vivenciado nos últimos dias.
Enquanto isso, espera-se que em meio a tantas reclamações, denúncias e sujeira, encontremos respostas e atitudes que nos permitam desvendar esse mistério.