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Junho Verde: a melhor forma de salvar o meio ambiente é saber em quem votar

Fernando Moraes

Dia 5 de junho, dia do Meio Ambiente, que marca a Semana do Meio Ambiente, que marca a Campanha Junho Verde. Como honrar a data e fazer nossa parte para salvar o planeta? Sim, porque, como estamos vendo, por mais que negacionistas tentem dizer o contrário, o aquecimento global é real. A calamidade no Rio Grande do Sul é mais uma prova disso. Podemos contribuir de diversas formas, mas, hoje, me concentro em uma em especial: votar de maneira consciente.
Ao contrário do que diz o senso comum, políticos não são todos iguais e partidos têm propósitos diferentes. No Rio Grande do Sul, na última campanha para a prefeitura de Poá, a candidata de esquerda Manuela D’ávila (PCdoB) apresentou como plataforma de campanha medidas para evitar as tragédias ambientais prevendo o que está ocorrendo hoje. Seu concorrente, de extrema direita, usou de Fake News para atacar a candidata. Bom, o que ela previa, infelizmente aconteceu.
Durante as enchentes da Bahia, lembram-se onde estava o ex-presidente de extrema direita cujo governo tinha como política ambiental passar a boiada? Pois é, Bolsonaro estava passeando de Jet Ski. Pleno. A propósito, quem é o relator do projeto de lei que pretende privatizar praias e acabar com a costa brasileira? Flávio Bolsonaro.
Logo quando eleito, o governador Leite do Rio Grande do Sul, do PSDB, partido umbilicalmente ligado ao neoliberalismo de direita, simplesmente estraçalhou a política ambiental, mudando quase 500 itens do código ambiental, para beneficiar o Agronegócio (não a agricultura familiar, o agro predador). O resultado apareceu.
Embora tenha várias críticas ao Governo Lula por ignorar os servidores do meio ambiente (e também os da Educação), que clamam por reestruturação, ainda tem o mérito de colocar a pauta ambiental e a urgência climática em destaque, recuperando inclusive fundos internacionais que foram perdidos no último desgoverno.
Então, é simples. Nas eleições municipais, votar em partidos e candidatos que dão as costas para o meio ambiente, para as mudanças climáticas, é votar contra o futuro da espécie, contra o futuro dos seus filhos. Ah, mas é no município. Sim, exatamente por isso, é no município que as coisas começam a dar certo ou errado no país.

Vote consciente!

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