Ibiúna precisa de mais deputados com identificação com o município
Editorial – Ed. 413
Estamos há pouco mais de três meses das eleições de outubro de 2022. Neste ano, os cargos em disputa são os de deputados estaduais e federais, senador, governador e presidente da República. Serão, ao todo, cinco candidatos que os eleitores terão que escolher. Essa será uma das eleições que, pelo que tudo indica, será uma das mais disputadas da história da democracia brasileira, sobretudo, por conta da polarização entre os primeiros colocados na disputa presidencial: o ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
Embora a polarização faça com que os eleitores estejam cada vez mais atentos a corrida presidencial, são os deputados estaduais e federais que estão mais próximos dos municípios, que elaboram e votam as leis que interferem no cotidiano da população, e também indicam recursos para os municípios, por meio das emendas parlamentares.
Em uma reunião recente, no condomínio Veleiros, o suplente de Senador, José Aníbal (PSBD), mencionou a falta de identidade dos parlamentares com o município de Ibiúna, sobretudo por conta da pulverização dos votos na cidade. E o que o parlamentar falou trata-se de uma realidade, tendo em vista, pelo menos, o resultado das últimas eleições gerais.
A comparação é simples: em São Roque, os deputados eleitos mais votados da cidade tiveram mais de 3.500 votos. Em Piedade, foram mais de 6.800, tanto o estadual, quanto o federal. Em Ibiúna, a deputada estadual eleita com mais votos foi Janaina Pascoal, com mais de 1.817 votos sem, sequer, fazer campanha na cidade. Em quatro anos, Janaina não encaminhou nenhum recurso para o município. Já para federal, Bruna Furlan (2.548), Eduardo Bolsonaro (2.096) e Vitor Lippi (1.786) foram os mais votados no município – Vitor tem sido um dos principais parceiros do município na destinação de recursos.
Um dos motivos para a baixa votação dos deputados em Ibiúna e a pouca identificação com o município, é a pulverização. São centenas de candidatos que fazem campanha no município e cada um fica com uma pequena fatia. Outro motivo são os candidatos locais que se projetam nas eleições gerais para buscarem mais conhecimento para as eleições municipais, daqui a 2 anos.
Para um município conseguir mais recursos estaduais e federais é necessário que deputados eleitos tenham uma votação significativa no município. Assim, certamente, teremos melhor representação na Assembleia Legislativa de São Paulo e na Câmara dos Deputados, em Brasília.
A reflexão, levantada por Aníbal, precisa ser considerada pela população ibiunense.
Uma boa leitura a todos e até a próxima edição!