Greve: um grito por direitos
A greve dos Professores do Estado de São Paulo iniciada em 22 de abril mostra a face de uma classe que precisa “gritar” para que seus direitos sejam ouvidos. Com a reivindicação de um reajuste salarial e da regularização da lei do piso (que define a jornada de trabalho dos professores do magistério público), os professores precisam chegar “ao extremo” que uma greve representa. O desrespeito aos profissionais da educação do Estado de São Paulo fica claro mediante ao fato de que a referida lei foi aprovada no ano de 2008, mas até o presente momento ela não foi implementada. Chega a ser vergonhoso ter que lutar por direitos já adquiridos. Esse é o nosso Brasil, o país que investe milhões na construção de estádios, mas não é capaz de tratar dignamente seus educadores. Não estou jamais desmerecendo os esportes e seus eventos, mas crítico uma política de carnaval, que espera avançar e evoluir, mas não percebeu ainda que a para a conquista desses objetivos só existe um caminho e se chama EDUCAÇÃO; desvia a atenção do “seu povo” para os grandes festejos de modo a mascarar uma realidade que não caminha muito bem. Um país onde tanto se discute sobre os índices de aproveitamento de seus alunos mas que não é capaz de perceber sozinho que para um bom desempenho se faz necessário bons investimentos. Brasil, os filhos deste solo não precisam de Copa do Mundo, precisam de respeito e dignidade, hoje tão esquecidos com os profissionais do magistério público, que um dia já foram chamados de mestres.