Editorial

Faltaram mulheres entre os candidatos a prefeito e vice

Editorial

Que a política no Brasil é, majoritariamente, uma atividade de homens não é surpresa para ninguém. Há um esforço por parte das autoridades, sobretudo as ligadas a Justiça Eleitoral, para que o número de mulheres na política aumente. Algumas medidas já são implementadas, como a que obriga os partidos políticos reservarem, no mínimo, 30% de suas vagas dos cargos legislativos para pessoas do sexo oposto, o que, normalmente, são vagas reservadas às mulheres. Além disso, mais recentemente, a legislação destinou um valor mínimo do Fundo Eleitoral – financiamento público das campanhas políticas – para as mulheres.

Com todas as medidas, porém, em Ibiúna, a participação das mulheres na política continua muito aquém do eleitorado feminino na cidade. São 51% mulheres os votantes em Ibiúna. Mas, nessa eleição, não há nenhuma candidata a prefeita mulher, nem mesmo vice. São todos homens!

Na eleição de 2020, entre os nove candidatos a prefeito, apenas uma mulher: a doutora Cida Ribas. Nesse ano, não há nenhuma. Onde estão as mulheres quando o assunto é política, em Ibiúna? Aliás, a cidade nunca teve uma prefeita, nem mesmo vice. Na Câmara, a vereadora Rozi da Farmácia (Mobiliza) é a única nessa legislatura. A baixa participação feminina nas eleições de Ibiúna não é algo raro, mas, o que entristece, é que não há sinal de que isso possa mudar. Está na hora das mulheres, e também dos homens, entenderem a importância delas na política, nos cargos executivos e legislativos.

Como não há mulheres concorrendo a prefeitura, torcemos para que no legislativo, pelo menos, possamos aumentar a participação do sexo feminino. O olhar das mulheres para o serviço de saúde, dos serviços de educação, atendimento em creches, entre outros, é fundamental para que os serviços públicos sejam mais eficazes.

Lamentamos a falta de mulheres, mas precisamos acompanhar como será o processo eleitoral que irá definir o próximo prefeito, vice e os vereadores de Ibiúna. Nessa edição, o VOZ traz como foram as convenções que definiram os candidatos. Lembrando que a partir do próximo dia 16 (sexta-feira da próxima semana) terá início a campanha eleitoral. Você, (e)leitor, precisa estar atento para acompanhar as propostas e o histórico dos candidatos para escolher com consciência.

Uma boa leitura a todos e até a próxima edição.

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