Estiagem pode reduzir safras de alface e outras verduras em Ibiúna
Desde o ano passado, a seca deixou de ser uma questão específica do nordeste do país, atingindo o Estado de São Paulo. A falta de água na região metropolitana levou o governo a decretar no ano passado a restrição no volume liberado para irrigação das propriedades produtoras de hortifrútis, que abastecem 50% o estado de São Paulo.
As plantações que usam recursos das bacias do Alto Tiête, do Auto Piracicaba, do Capivari e do Jundiaí.
O consumidor que estava preocupado com a falta de água na torneira de casa agora tem que lidar com a elevação do custo dos hortifrútis e com a insegurança que alguns produtos poderão faltar à mesa. A alface 2º a Fundação de Pesquisa Econômica (Fipe), acumula o aumento de 16%, enquanto o esperado era de 5%.
Para o produtor, o cenário é ainda complicado. Ele já contabiliza prejuízos. A agricultura já está sentindo os efeitos da seca diz Nilvado Tamaishi, lavrador há 30 anos no Bairro do Campo Verde-Ibiúna. Disse que foi a 1ª vez durante esses longos anos que sentiu diminuir a água da Represa Itupararanga de onde ele abastece parte de sua plantação. Comentou que utiliza 2 bombas para captar água da represa, enquanto uma bombeia a outra leva água para sua lavoura. “ A represa secou mais a água está no meio do mato”.
Ele afirmou que em Ibiúna alguns lavradores que possuíam açudes pequenos para irrigação ao longo da Estr. Julio Dal Fabbro, acabaram perdendo a lavoura de alface e repolho porque secaram os açudes. Ele próprio no fim de 2014, devido ao intenso calor, chuva muito forte, inclusive queda de granizo, acabou afetando toda sua lavoura de aproximadamente 3 alqueires no Bairro do Campo Verde, faz rodízio com a plantação de repolho, beterraba, acelga, brócolis, couve-flor e alface. “Nesse calor, a alface é prejudicada porque pega muita doença”, comentou.
Perguntado sobre a lacração nas bombas de irrigação por parte do Governo ele desconhece algum produtor que sofreu este punição no município. Ouviu comentários que em Piedade alguns lavradores sofreram essa punição. Ele torce para que a água em Ibiúna continue sendo recuperada e portanto há necessidade que chova março inteiro. Caso contrário a situação da lavoura irá se agravar, apesar da bacia hidrográfica ser muito favorável para a agricultura em Ibiúna, encerrou senhor Nivaldo