Escrever a história: 24 anos de VOZ
A cada 1º de Maio, data em que se reverencia a importância do trabalho para a existência humana, bem como a contribuição de todo trabalhador para a sociedade, nós que, de algum modo, tivemos os caminhos ligados ao VOZ de IBIÚNA lembramo-nos também do início da história de sua publicação. Afinal, foi nessa data, no ano de 1989, que circulou a primeira edição do jornal.A coincidência de datas, sabem todos os que acompanharam o VOZ ao longo dos 24 anos que completa na próxima semana, é mais do que simbólica apenas; diz respeito a um compromisso assumido pelo jornal com a comunidade ibiunense, divulgando os problemas que a acometem e dispondo-se a trabalhar para que eles recebessem a devida atenção do poder público e, na medida do possível, fossem solucionados.Ao travar combate de tamanha envergadura, o VOZ deu a muitas pessoas atuantes no município, direta e indiretamente interessadas no seu desenvolvimento e no de sua população, a oportunidade de veicular suas ideias e promover um debate comprometido com questões de suma importância para a sociedade, como as voltadas para a saúde, a educação e a segurança – tanto assim é que muitos textos publicados no jornal acabaram influenciando ações desenvolvidas pela administração municipal nas últimas décadas.Além disso, inúmeros artigos, saídos das mentes e mãos de verdadeiros intelectuais da terra, como os Irmãos Falci (Laert e a saudosa Denise) e Claudino Piletti, e também de cabeças pensantes privilegiadas, como Valdo Andrade e Carolina Saito, fomentaram a reflexão da juventude local – e espero que os muitos outros que escreveram no mensário ao longo de tantas edições sintam-se bem representados por esses nomes, uma vez que não teríamos espaço para lembrar tanta gente boa que ajudou a construir a história do VOZ.Aliás, uma história que ajuda a escrever a história, pois quantos fatos da maior relevância para Ibiúna e seu povo não foram impressos nas páginas do jornal ao longo das 300 edições que ora se completam? Daí, a permanência do VOZ junto aos “cidadãos unenses”, como gosta de dizer o José Gomes, outro de seus colaboradores de sempre…Ao encaminhar este texto para seu final, felicitando o VOZ de IBIÚNA, quero lembrar, como sempre, o papel do casal Júlia e Jodi Tanaka na importância dessa história. Tendo tido a oportunidade de, durante dez anos, colaborar, sistematicamente, com o jornal, posso testemunhar a dedicação ímpar de ambos ao projeto que nasceu naquele já longínquo ano de 1989; um só exemplo disso basta: ambos eram capazes de virar dias e noites trabalhando para que a edição do jornal saísse na data prevista, motivando os que estavam com eles a seguir na mesma toada – sem falar nas diversas vezes que tiveram de arcar com parte dos custos da publicação, dado que nem sempre a cota de anúncios era suficiente para cobri-los!Vejo que me alonguei um pouco nestas linhas, pelo que peço desculpas ao conselho editorial (pois sei o valor deste espaço…). Assim, para não estender-me mais, encerro, desejando que, por muitos e anos, o jornal continue a contribuir para o esclarecimento da sociedade, levando informação e cultura a toda parte dessa extensa Ibiúna. Saúde, VOZ!