Enfim uma boa notícia: temos o melhor governo
Claudino Piletti
O escritor francês Flaubert (1821-1880) afirmou, em certa ocasião: “O melhor dos governos é para mim aquele que agoniza, pois vai ceder lugar a outro”. É o que sinto em relação ao atual governo. Por isso, conto os dias que faltam para seu final e eleição de novo presidente, como a criança pobre que conta os dias que faltam para o Natal e a chegada de seu presente.
“Cada povo tem o governo que merece”, dirá você… Concordo, pois, nosso presidente não nos foi imposto por um ET, mas eleito pelo PT. Mas, apesar disso, nosso presidente é um sujeito muito capaz… Capaz de tudo, diria Getúlio Vargas (1883-1954) que, quando nos governava, afirmou: “Metade de meus homens de governo não é capaz de nada, e a outra metade é capaz de tudo”.
Hoje, nosso presidente poderia dizer o mesmo de seus homens, mas incluindo-se, ele próprio, em ambas as metades. Os fatos demonstram que ele é, ao mesmo tempo, capaz de nada e de tudo. Vejamos alguns desses fatos.
Ele não foi capaz de ajudar a presidente, na carona da qual se elegeu, a fazer um bom governo. Mas, foi capaz de tira-la do poder para tomar o seu lugar.
Ele não foi capaz de formar um governo com gente honesta. Foi capaz, no entanto, de comprar deputados para que o livrassem de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
Ele não foi capaz de combater a criminalidade no país. Mas, foi capaz de reunir-se em seu palácio, na calada da noite, com um empresário criminoso para combinar o recebimento de uma mala de dinheiro.
Ele não foi capaz de resolver o problema da segurança no país, mas foi capaz, para se proteger, de mandar cercar o seu palácio com arame farpado.
Ele não foi capaz de diminuir os impostos cobrados dos mais pobres. Foi capaz, porém, de perdoar impostos devidos por ricos sonegadores.
Ele não foi capaz de melhorar o nível de educação do nosso país. Mas, ao viajar para fora, foi capaz de cometer gafes monumentais, misturando alhos com bugalhos.
Ele não capaz de melhorar a saúde no país. Foi capaz, no entanto, de parir um governo que nasceu agonizante.
Só espero que o próximo governo não nasça agonizante. Se isso ocorrer, a vaca irá pro brejo de vez. E, com ela, nossa idolatrada Pátria. Então, os que puderem irão para os Estados Unidos, Japão, Portugal ou qualquer outro lugar. Os demais, aqui ficarão condenados à triste sina de contar os dias que faltam para o final do governo e a chegada do Papai Noel com um saco de presente, pois, o deles, já está cheio há muito tempo.