Editorial

Da herança maldita a cidade modelo

Fala-se em R$ 70 milhões o rombo herdado pela administração Professor Eduardo, do Governo Coiti Muramatsu. Sem paciência, alguns setores da sociedade já começam a cobrar o prefeito como se este fosse o responsável pelos últimos desastres na esfera pública. O prefeito, entretanto, está seguro de que colocará o município nos eixos.

E a maior parte dos encargos caiu nas costas dos funcionários públicos, com problemas para receber salários desde o segundo semestre do ano passado. E é também daí que vêm as maiores cobranças. Apesar de apenas alguns dias de governo, o chefe do executivo já consegue ter uma visão de que será possível normalizar a questão salarial, pelo menos, em fevereiro.

Quanto às dívidas, as contas que não batem, como em brilhante artigo escrito por Claudino Piletti nesta edição, a equipe do professor começa a compreender o tamanho do rombo, para resolver da melhor forma. Vale lembrar que, para que Ibiúna não sofra pesadas consequências fiscais, deve fechar este ano no azul.

É bem verdade que o secretariado escolhido foi questionado por parte de algumas pessoas. Embora com currículos que fazem jus ao cargo que ocupam – o atual Secretário de Agricultura, o Lino, por exemplo, foi diretor de uma grande companhia bancária por sete anos -, alguns escolhidos parecem não ter convencido determinados grupos.

Demonstrando preparo, o prefeito banca seus escolhidos, mas não perde a oportunidade de mandar um recado, logo em seus primeiros pronunciamentos: a prefeitura não será cabide de empregos e quem não mostrar serviço não será mantido.

São muitos os desafios, mas com uma gestão inteligente, é possível transformar o município ainda nesta administração. À população, por sua vez, cabe o papel de ser crítica, mas também apoiar um governo que acaba de chegar para limpar os destroços de uma bomba nuclear, cabe ao povo dar uma chance para que Eduardo mostre a que veio.

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