Da arte de acabar com o namoro sem acabar com o namorado ou a namorada
Claudino Piletti
Pode parecer um contra senso falar desse assunto no Dia dos Namorados. Mas, não é, pois o escolhi ao ler a seguinte notícia: “A polícia está à procura do namorado da estudante de Direito, Isabella Casado, que foi assassinada com três tiros, no domingo (31/05), em S. José do Rio Claro, no Mato Grosso. Depois de uma discussão, o namorado atirou contra a cabeça, pescoço e peito da estudante. Segundo um primo do rapaz, ‘eles brigavam muito. Agora ele sumiu e até o momento não tivemos nenhum contato com ele’. A estudante de 22 anos estava cursando o 9° semestre do curso de Direito e, o namorado, é trabalhador rural numa fazenda”.Casos semelhantes ocorrem diariamente e resultam de namoros mal ajambrados, com pessoas erradas, infelizes e conturbadas. São namoros sem perspectivas de um reajuste afetivo, cuja melhor solução seria a renúncia ou até mesmo um providencial impeachment. Mas jamais o fim do namorado ou da namorada.Os casos mais problemáticos ocorrem com adolescentes que, geralmente, não tem condições psicológicas e nem financeiras para assumir um compromisso sério. E, também, não tem maturidade suficiente para terminar um namoro. O fim de um namoro, seja para adultos ou adolescentes, é sempre estressante. Para diminuir o estresse e evitar alguma tragédia, é recomendável recorrer à arte da conversação. Tal arte consiste numa conversa sincera, amigável e educada como convém a um habitante da grande Pátria Educadora.Se, entre nós, a arte da conversação estivesse num nível mais elevado, não teríamos tantos mal entendidos e até mesmo tragédias provocadas pelo fim de relacionamentos.A arte da conversação não é fácil, sobretudo porque, nos relacionamentos afetivos, predominam as emoções ao invés da razão. E, também, o amor possessivo e egoísta, ao invés do verdadeiro amor. Enquanto o egoísmo prende e escraviza, o verdadeiro amor solta e liberta.É por isso que a famosa atriz alemã Marlene Dietrich, deu aos namorados este sábio conselho:”Deixe-o ir, se ele já não a ama. Deixe-a ir, se ela já não o ama.”