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Coronavírus: Demissões e queda no faturamento das empresas

Além dos reflexos da pandemia do COVID-19 para a saúde pública, outra consequência drástica é a crise econômica. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a pandemia já destruiu 7,8 milhões de postos de trabalho no Brasil até o mês de maio. Isso fez com que a população ocupada tivesse caído 8,3% na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro, indo para 85,9 milhões de pessoas.
Pela primeira vez na história da Pnad Contínua, menos da metade das pessoas em idade para trabalhar está empregada. Isso nunca havia ocorrido antes na pesquisa, que teve início em 2012.
Dentre os postos de trabalho perdidos, 5,8 milhões são de empregos informais, que somam os profissionais sem carteira assinada e por conta própria. A taxa de informalidade caiu de 40,6% para 37,6%, a menor da série que começou a ser contabilizada em 2016. Os reflexos podem ser notados em todos os cantos do país.
Em Ibiúna, um exemplo da crise, a Flora Daike, localizada na Estrada da Cachoeira, que produz flores e folhagens de corte há mais de 50 anos, viu o consumo do seu produto despencar e a empresa teve uma queda em seu faturamento de mais de 80%. O empresário Nelson Akira Daike, de 56 anos, conta que, com os eventos cancelados, a Flora chegou a ter prejuízo de 100% . “Um exemplo foi o mês das mães, tivemos um prejuízo de 4 milhões de haste em nosso orçamento”, disse. Com a crise, 50 funcionários foram demitidos. “Hoje estamos trabalhando com 20 colaboradores, trabalhando com redução de 50% da carga horária. Tivemos que demitir 50 funcionários, ficando só com os colaboradores essenciais como irrigação e plantio”.
O desejo do empresário é de que tudo se normalize. “Vamos nos adaptando ao novo cenário que estamos enfrentando”, diz Nelson.

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