Congresso de 68 em Ibiúna: a resistência que mudou o rumo do Brasil
No último sábado, o jornal Folha de São Paulo publicou uma grande matéria na qual aborda o Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1968 em Ibiúna e sobre o encontro que acontecerá em junho, também no município. Talvez muitos cidadãos nem saibam do que se trata, mas aquele encontro, cujo aniversário de 45 anos deve reunir mais de mil estudantes de todo o Estado, além de lideranças políticas nacionais, tenha sido o principal fato histórico de nossa cidade.Não por acaso, Ibiúna irá ganhar um monumento que celebra a geração estudantil de 1968, que provavelmente será colocada logo na entrada da cidade. Não por acaso, lideranças estudantis do estado estão praticamente morando em Ibiúna para organizar este evento, que já está destacando, mais uma vez, o município de Ibiúna como um marco na história do movimento estudantil. Temos percebido que o universo tem conspirado a favor de Ibiúna, pois o resgate da memória da luta estudantil tem resultado em importante rede de relacionamento com pessoas importantes e influentes que querem ajudar o município – da Embratur a artistas plásticos de renome internacional. Mas, embora o acontecimento tenha colocado o nome de Ibiúna na história (para quem não sabe, livros como 1968: o ano que não terminou, de Zuenir Ventura, tem um capítulo especial sobre o Congresso da UNE), o fato parece não ter tanta importância para os anfitriões deste marco. Pouco se conhece ou se divulga sobre aquela resistência à ditadura, que escolheu Ibiúna em um de seus principais momentos.Assim, é preciso que façamos nossa parte, retribuindo aos estudantes. É preciso, no mínimo, que conheçamos esta história. É preciso que a Secretaria de Educação do Município trabalhe este tema em sala de aula. É preciso que se tenha orgulho do movimento pela democratização do país. É preciso! Pois, não fossem as pessoas que morreram por nossa liberdade, é possível que até hoje estivéssemos amordaçados pela ditadura militar.