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Confiança: um ativo importante para liderar em época de crises

Ana Piletti

O que é confiança? Embora existam diversas definições para o conceito, podemos dizer que a confiança está relacionada a uma crença positiva em relação a uma determinada pessoa, organização ou situação.  Ela é construída em longo prazo porque depende de um conjunto de experiências que você constrói com algo ou alguém. Ela também está relacionada com comportamentos passados, atuais e futuros de pessoas ou instituições. Por exemplo, tendemos a confiar nas pessoas, marcas e líderes que menos nos decepcionam, isto é, que não mentem e não enganam, ou seja, mantém comportamentos alinhados àquilo que prometem. No entanto, o que deveria ser a base para a construção de relações sociais sadias acabou se tornando um diferencial competitivo. Atualmente, líderes políticos e empresariais, por exemplo, se orgulham ao dizer que seu governo ou companhia serão éticos e íntegros. Ora, ética e integridade há muito tempo são princípios básicos, pelo menos de uma gestão pública. Não é diferencial, é razão de existência. No entanto, em uma sociedade onde a crise de confiança é uma das mais graves da atualidade, é preciso retomar tais princípios. A ética constitui um conjunto de valores morais que são praticados e aprendidos nas pequenas decisões e situações do dia-a-dia.  Por exemplo, quando um diretor de uma organização ou um representante do poder público decide se vai contratar ou promover um parente ou vai dar oportunidade para uma pessoa que demonstrou esforço e competência profissional, ele está tomando uma decisão ética. Da mesma forma a integridade, ou seja, a maneira como a pessoa age de acordo com os valores morais que são estabelecidos em determinada sociedade e que ela acredita ser correto. Quando você precisa decidir entre fazer o que não é justo para a sociedade, mas é melhor para você ou algo que é melhor para a sociedade, mas você não será beneficiado, a sua integridade está sendo colocada a prova.  Enfim, podemos dizer que os grandes líderes serão pessoas capazes de manterem a integridade por um longo período de tempo sem desapontar àqueles que confiaram em suas promessas. Em tempos de crises, é necessário pessoas que saibam liderar com ética e mais do que prometerem grandes mudanças, consigam obter significativas transformações por meio de pequenas ações. Neste sentido, ainda é válida a máxima de Confúcio: “Não faça aos outros, o que não gostaria que fizessem com você”.

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