Candidato impugnado e a instabilidade política
A justiça local decidiu pelo indeferimento à candidatura à reeleição do atual prefeito Fábio Bello de Oliveira (PMDB). Como o jornal havia antecipado há 20 dias, sem liminar para suspender duas condenações, Bello está inelegível. O prefeito murmurou, mas a justiça eleitoral confirmou a inelegibilidade. Ontem (15), a juíza Paula da Rocha e Silva Formoso manteve a decisão, em embargos de declaração. A lei que baseou o indeferimento de Bello é a Lei da Ficha Limpa. Ou seja, para a justiça, a ficha de Fábio Bello está suja. Aliás, bem suja.
O fato é que o prefeito irá recorrer da decisão. Primeiro, tentará sucesso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), depois no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se a justiça mantiver o entendimento da última eleição, Bello não logrará êxito. Será indeferido. No entanto, o julgamento pelos órgãos superiores deverá acontecer somente após a eleição e, com isso, caso vença o pleito, o atual alcaide irá, novamente, causar uma tremenda instabilidade política no município. Com a mudança causada pela reforma eleitoral, do ano passado, caso Bello vença a eleição e seja indeferido pelo TSE antes do fim do ano, quem irá assumir o comando do município será o candidato a vereador eleito mais votado, até que seja realizada nova eleição para prefeito.
Ou seja, podemos ter um tremendo de um transtorno caso seja reeleito o atual prefeito. A instabilidade política que Ibiúna passou no atual mandato – com a intercalação entre Fábio Bello e Professor Eduardo (PP) no comando da Prefeitura – pode se repetir. Só que, dessa vez, não mais com o segundo colocado, mas com o vereador mais votado, até novas eleições.
A decisão está nas mãos do eleitor que irá definir quem será o próximo prefeito da cidade. Para ajudar nesta decisão, VOZ de IBIÚNA promove o tradicional debate entre os candidatos a prefeito no Centro Cultural e Esportivo de Ibiúna (CCEI). No dia 22, próxima quinta-feira, os oito postulantes – inclusive o impugnado Fábio Bello – estará debatendo os projetos para os próximos anos de Ibiúna.
Diante do quadro preocupante, democraticamente, resta esperar a decisão soberana: que é a decisão nas urnas.
Uma ótima leitura a todos e até a próxima edição.