Colunistas

Bolsonaro, Lira e Moro

Carolina Saito

O Brasil vive um momento de muita agitação na política; o movimento é positivo ao vermos que os mentores intelectuais e financiadores dos atos golpistas de 08 de janeiro estão sendo investigados e presos.
As investigações não “acabarão em pizza” como espera a extrema-direita bolsonarista. As autoridades jurídicas defensoras da democracia e da Constituição sabem do risco que corria o Brasil caso Bolsonaro vencesse a eleição.
O ex-presidente Jair Bolsonaro será julgado pelas irregularidades e crimes cometidos durante o seu governo. No próximo dia 22, Bolsonaro será julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no processo aberto após reunir embaixadores e atacar as urnas eletrônicas em julho passado. Se condenado, o ex-presidente ficará inelegível por 8 anos. Parece pouco diante de tantos crimes cometidos, mas estaremos livres dele na política por um bom tempo. A direita já o abandonou e está buscando um novo candidato.
Acostumado a fazer chantagens como fazia com Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), tentou enquadrar o governo Lula para aprovar os projetos do governo, porém, foi surpreendido pela operação da Polícia Federal que prendeu dois de seus assessores por corrupção na compra de kits de robótica. O presidente Lula, um artífice da boa política, tem se negado a negociar nos termos de Lira.
Na Câmara dos Deputados cheia de bolsonaristas, Deltan Dallagnol e Sergio Moro se elegeram defendendo a Lava Jato. Dallagnol foi cassado sob a Lei da Ficha limpa e condenado a pagar multa de R$ 3 milhões. A Vaza Jato tem revelado os crimes cometidos pelos juízes da Lava Jato, incluindo Sérgio Moro, como a prisão arbitrária de políticos e empresários, muitos deles inocentes. Os presos deveriam fazer delação premiada e contratar advogados indicados pelos membros da operação para serem libertados. Sergio Moro, segundo o próprio Dallagnol, será o próximo a ser cassado.
A questão do momento é a perda de direitos políticos e, em seguida, cada um deverá responder pelos graves crimes cometidos contra os cidadãos, ao erário público, as empresas nacionais, enfim, contra o Brasil. É o que espera todos os brasileiros que lutam por um país mais justo e votaram contra a barbárie, o fascismo e o ódio.

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