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As dificuldades do sistema de saúde no Brasil

O custeio do sistema de saúde no Brasil tem sido um dos principais obstáculos a ser superado contra os problemas enfrentados no setor público de saúde, que atinge diretamente a vida de todos nós, brasileiros. No orçamento da União para 2013, estão previstos mais de R$ 79 bilhões em gastos e investimentos no setor. O montante é maior do que o total da educação (R$ 38 bi) e o Programa Brasil Sem Miséria (R$ 29 bi) – menina dos olhos da presidenta Dilma Roussef (PT). Mesmo com a maior parcela da receita da União, o Sistema Único de Saúde recebe valor inferior ao necessário para que funcione como os quase 200 milhões de brasileiros merecem.
O reflexo da falta de recursos se esbarra, principalmente, em municípios de pequeno e médio porte, como Ibiúna. Manter o sistema de saúde funcionando, ainda que com muitas deficiências, custa caro! Prova disso é o relatório do primeiro quadrimestre deste ano divulgado pela Prefeitura à Câmara Municipal. Mais de 35% dos gastos do município está na saúde. O montante assola o caixa ao manter o hospital e toda sua estrutura, postos de saúde e outros atividades ligadas ao setor, como o transporte dos pacientes de ambulatórios e hemodiálise – como já frisei, ainda que com muitas deficiências.
Dos mais de R$ 3 milhões gastos com saúde no município, o repasse do SUS é de, aproximadamente, R$ 500 mil mensais. Ou seja, do montante gasto, pouco mais de 15% é o valor que o Governo repassa ao município, mesmo sendo o Governo Federal o maior responsável pelo financiamento da saúde. Diante das dificuldades mencionadas, hospitais filantrópicos e organizações de municípios idealizam um movimento denominado “Reajuste do SUS já!”. A iniciativa municipalista visa ampliar as receitas para que os municípios não sejam os mais prejudicados e a população seja atendida com maior dignidade. Precisamos de um repasse mais realista para que as finanças dos munícipios não sejam abaladas e, mais importante do que isso, o cidadão tenha um atendimento digno.
Essa reivindicação foi apresentada também durante a audiência pública de saúde, na Câmara dos Deputados, do primeiro quadrimestre de 2013, com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília. Agora, compete uma maior participação da população e também da classe política municipalista para que o Governo Federal revise os valores da Tabela paga pelo SUS para que os gestores dos municípios, que estão cara a cara com a população e precisam dar as respostas imediatas aos problemas cotidianos dos brasileiros, tenham melhores condições de oferecer um sistema de saúde digno a todos nós. Participem pelo Facebook: Tabela SUS Reajuste Já!
Carlinhos Marques (PT) é presidente da Câmara Municipal de Ibiúna

Carlinhos Marques

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