Aquele que lavra a terra, cultiva a vida e a esperança
Por Professora Luiza Alves
No dia 23 de junho comemoramos o dia lavrador. Dia de tantos homens e mulheres que no silêncio da manhã, que ainda está para nascer, já se colocam de pé para plantar o sustento de milhares de pessoas. O dia é dos anônimos da economia, nem sempre valorizados ou reconhecidos como merecem.
Muito mais do que plantar e colher dos frutos da terra, as mãos lavradoras plantam e colhem esperança, sonhos e vidas. Apostando contra situações climáticas, superando perdas, travando lutas desconhecidas para aqueles que consomem do suor de seus trabalhos, são eles movidos pela fé de que a semente lançada frutificará. São os heróis da terra!
Em tempos difíceis como os que estamos vivendo, tempos de uma economia desestabilizada e de uma inflação consome o orçamento das famílias, colocar o sustento sobre a mesa tem se tornado uma missão árdua. Passamos a questionar o preço de tudo e procuramos culpados para essa crise, muitas vezes culpando inocentes. Não é o lavrador o culpado pela alta dos preços dos produtos agrícolas. Mesmo sendo o responsável pelo trabalho mais árduo e pesado, não é ele quem detém os maiores lucros. Em uma triste realidade, as mãos que plantam e colhem tanto correm o risco de não ter o suficiente para sustentar os seus. E ainda assim continuam a luta e não desistem da terra, nos ensinando que cultivar a vida e a esperança por meio daquilo que se faz é possível e não existe honra maior.
Parabéns para todos aqueles que sob as chuvas e o frio, sob o sol que arde e o vento que refresca nos ensinam que em tudo o que fazemos é preciso decisão, perseverança e amor.