Amizade: a dádiva da vida
Com o boom das redes sociais, os relacionamentos se multiplicam diariamente. No facebook, por exemplo, você pode ter quantos amigos quiser: 100, 500, 1000 e assim por diante. Temos a impressão que a amizade é algo simples e fácil de obter-se.
O filósofo grego Aristóteles, no entanto, já alertava: “ter muitos amigos é o mesmo que não ter amigos”. Reflexão interessante para os dias atuais, no qual as pessoas parecem muito mais ansiosas em mostrar a quantidade de “amigos” que conquistam do que cultivar e dar plena atenção aos amigos que conquistaram. Então, o que é um amigo e como podemos reconhecer uma verdadeira amizade?
“A verdadeira amizade é como a saúde, só se percebe seu valor ao perdê-la”. De fato, a amizade é uma construção baseada na confiança, empatia e altruísmo. Requer compreensão, colaboração e, muitas vezes, perdão. É a família que você pode escolher. Amigo é aquela pessoa que, como brincou certo humorista americano: “sabe tudo a seu respeito e, mesmo assim, gosta de você”.
Você reconhece um amigo pelas atitudes, pela paciência e pela cumplicidade. Assim, são tão poucas e raras as amizades verdadeiras que é impossível não se entristecer quando perdemos um grande amigo. Afinal, sentiremos falta das conversas, dos abraços, das risadas e até das discussões e divergências de opiniões.
Se vivemos uma vida tão corrida e temos certeza de que um dia não poderemos mais conviver com pessoas tão significativas e queridas, talvez seja melhor revisitarmos nossas prioridades. Parte do que somos são marcas das experiências que tivemos com pessoas especiais. Uma dessas pessoas, na minha vida, foi o grande amigo Seishi Miyaji, que, como todos nós, tinha defeitos e qualidades porque era humano. No entanto, na vida de muitas pessoas, na qual eu me incluo, deixou lembranças e ensinamentos essenciais para ter a certeza de que a amizade é a grande dádiva da vida.
Jonas de Campos