A romaria e a festa de São Sebastião
Em 1918, o Padre Antônio de Sá Ferros, as senhoras do Apostolado da ração e muitos devotos iniciaram orações para evitar o contágio da gripe “influenza espanhola”, que se propagou por todo mundo e se alastrou pelas cidades vizinhas. As senhoras do Apostolado da Oração sugeriram a ideia de promessa a São Sebastião, que foi aceita pelo Padre Sá Ferros e pelos demais devotos. O fervor dos unenses foi tão grande que o milagre acabou acontecendo, nenhum obito pela doença foi constatado, segundo pesquisas de José Gomes (Linense) em Ibiúna.Em 1919, teve inicio a romaria e a festa de São Sebastião, por ter ele livrado o povo do flagelo da gripe espanhola. A romaria consistia em trazer, nos braços do povo, a imagem do mártir São Sebastião de sua capela de origem até a Igreja Matriz, onde era venerada por três dias e levada de volta à capela, novamente pelo povo. No início, as dificuldades eram grandes, estradas de difícil acesso, clima muito frio, às vezes, úmido e chuvosos. Mas essas dificuldades não abalaram a fé do povo. Se, inicialmente, apenas os cavaleiros participava, mais tarde, ampliou-se a romaria com os pedestres. Atualmente, os carros, caminhões, motos, bicicletas e charretes se misturam à multidão e mais de 3 mil cavaleiros, formando o contigente de cristãos participantes, que cumprem a promessa de seus antepassados.