A nova face da educação durante e após a quarentena
Professora Luiza
Desde o dia 17 de março de 2020, a educação de todo estado de São Paulo (e de muitos outros estados) tem lutado para se reinventar e amenizar os prejuízos para a aprendizagem que a pandemia trouxe consigo. Videoaulas, aulas online, intervenções por meio de grupos de WhatsApp, apostilas elaboradas pelos professores e entregues em domicílio; todas essas ações compõem a nova face da educação tanto da rede pública quanto da rede privada de ensino. Fomos pegos de surpresa por uma situação que transformou totalmente nossa vida planejada e organizada em suas rotinas numa verdadeira reconstrução diária de hábitos, valores, sentimentos e de metodologias. Administrar o tempo tornou-se um desafio constante, a privacidade deixou de ser uma opção e o que estamos presenciando é uma classe trabalhadora que não mede esforços para auxiliar ao máximo seus alunos e familiares.
Plataformas digitais e aplicativos para reuniões a distância agora fazem parte da nossa realidade e, muito embora tenhamos plena consciência de que não há como atingir a totalidade de nossos alunos, sabemos da grande valia de tais ações. Certamente, por muito tempo nossas salas de aula não serão as mesmas. Ainda quando a normalidade da rotina escolar voltar a contemplar nossas vidas, sabemos que a realidade – como a conhecíamos – estará mudada para sempre e que apenas o tempo e muito trabalho serão os responsáveis por tentar diminuir as lacunas que o ensino a distância está criando. Essas lacunas existem e não podemos negar, pois muito embora haja excelência e eficiência nos profissionais da educação, devemos levar em consideração que falhas de comunicação, dificuldades de acesso aos recursos digitais e tecnológicos e até mesmo a geografia dos municípios, podem não favorecer parte da nossa clientela. Professores e equipes pedagógicas têm dado o seu melhor para manter viva a educação. Família e escola nunca estiveram tão unidas. Que esta pandemia deixe ao menos esse aprendizado: essa parceria (família/escola) deveria ser sempre, e para sempre, assim.