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A Independência do Brasil com soberania e liberdade

Carolina Saito

No dia 7 de setembro de 1822, o Brasil conquistou a independência política por meio do filho do rei de Portugal, o príncipe D. Pedro, que recebeu o apoio da elite colonial brasileira (grandes fazendeiros, comerciantes e funcionários públicos), em defesa de seus próprios interesses que estavam ameaçados com as intenções das cortes portuguesas. Não houve participação popular e nem, tampouco, a defesa dos interesses nacionais. Desde há muito tempo se impôs a vontade de uma minoria detentora do poder econômico.
A independência nacional é um processo ainda em construção, pois, atualmente, a luta é contra a dominação econômica das grandes corporações estrangeiras. O nosso país atrai os interesses estrangeiros por ser muito rico em recursos naturais e possuir um enorme e potencial mercado consumidor.
Infelizmente, a comemoração do 7 de setembro foi avacalhado pelos bolsonaristas, que neste ano convocaram os seguidores para defender o milionário Elon Musk, a anistia dos criminosos de 8 de janeiro e a protestar contra o ministro Alexandre de Moraes. Defendendo a pauta da extrema direita, Elon Musk atua politicamente para defender os interesses de suas empresas e não por acaso se negou a obedecer às leis brasileiras. Ignorou as determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) e não suspendeu os perfis disseminadores do ódio e de mentiras na sua rede X e ainda retirou do Brasil a representação da rede social para não ter que responder pelos crimes à justiça brasileira.
Finalmente, na última segunda-feira, o X foi suspenso por unanimidade pelo STF. A suspensão e o ministro Alexandre de Moraes ganharam destaque na imprensa mundial e, também, o apoio de diversos países, inclusive na União Europeia. O Brasil passou a ser visto como um exemplo de regulação das redes sociais. Musk passou a atacar Alexandre de Moraes e o presidente Lula (PT) em sua Rede X. Os bolsonaristas como Nicolas Ferreira (PL), Carla Zambelli (PL), Marcos do Val e Gustavo Gayer ficaram sem chão para continuar propagando fake news.
Os bolsonaristas continuam imersos no seu universo paralelo de negação, dizem que o país está um caos de miséria e ditadura – quando que os atuais indicadores positivos da economia nacional atestam o contrário – e reafirmam o perigo do inimigo inexistente, o comunismo. O ex-presidente Bolsonaro (PL) está enfraquecido politicamente e torcendo para não ser preso pelos diversos crimes que cometeu. Mas a violência da extrema-direita continua viva nas campanhas eleitorais com figuras abjetas como Pablo Marçal.
A independência do Brasil é um processo em construção. É uma luta diária contra as injustiças e a dominação econômica estrangeira. É defender a democracia e a liberdade, mas não a liberdade para cometer crimes de disseminação de desinformação, de mentiras e do ódio. Soberania nacional e liberdade são valores que devem ser defendidos por todos e que com muita coragem o ministro Alexandre de Moraes fez valer através da Justiça.

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