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A força estudantil mais uma vez na história de Ibiúna

2013. Exatamente 45 anos se passaram desde que o 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes foi interrompido pelas forças armadas em Ibiúna, na época em que o País vivia sob o regime antidemocrático militar. Hoje, no auge da democracia, aqueles heróis que nos ajudaram a nos livrar das amarras da ditadura serão homenageados pela União Estadual dos Estudantes (UEE), que realiza um grande encontro para Ibiúna novamente entrar na história.
Muitos dos que estiveram em Ibiúna em 68 já não estão entre nós. Muitos, inclusive, foram vítimas das piores formas de tortura da ditadura e não ficaram vivos para contar sobre seu sofrimento. Se o leitor parar por 10 minutos em frente à praça, poderá ler os nomes de todos aqueles que participaram, foram presos ou mortos a partir da descoberta da organização do Congresso da UNE.
Para quem viveu e se lembra daquela época, em que Ibiúna foi invadida por rifles e tanques, fica a sensação de que é possível sentir novamente bater aquele coração fervente, aquele coração vibrante, aquele coração ansioso por transformações, aquele coração de estudante.
Já para os jovens, fica a deixa de que é possível ouvir novamente a voz estudantil, que chegou até a se distanciar por algum tempo da realidade do seu povo. E não falamos apenas de universidades públicas. Além deles, estudantes engajados de instituições particulares e comunitárias, que buscam dia após dia uma representação forte perante o cenário político nacional, se juntam para que possam participar ativamente da construção de um mundo mais justo para todos os brasileiros.
Que os cidadãos ibiunenses possam compreender este momento, participar deste diálogo e se juntar a um coro que, com certeza, pode fazer a diferença nos rumos do País.
Boa leitura!

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