Colunistas

A educação que sonhamos

Luiza Alves

Falar em sonhos é sempre muito complicado, uma vez que “sonhar” é algo tão pessoal e traz em seus significados a variância de quem o carrega. Contudo, uma definição muito sensível chamou minha atenção enquanto educadora: “sonho é a vontade permanente, viva e constante”. Colocando essa definição dentro do âmbito educacional, vamos considerar entre tantos agentes importantes para a construção de uma boa educação, dois protagonistas: o professor e o aluno. Primeiramente, todo professor que de fato possuí o dom para tal, carrega dentro de si (ou deveria carregar) uma grande vontade. A vontade de fazer a diferença. Apenas o bom professor sabe que sua profissão não é qualquer coisa e que não estamos no caminho de nossos alunos para simplesmente “passarmos” de qualquer maneira. Somos agentes transformadores! E essa vontade deve ser permanente, pois terá que resistir a tantas barreiras como descasos dos poderes públicos, abandono familiar e descrença dos próprios colegas de profissão. Essa vontade precisa ser também viva, afinal, trabalhamos com seres humanos, pequenas mentes brilhantes que farão do nosso amanhã um mundo melhor. Deve ser constante no sentido de fazer parte. Não existe uma fórmula mágica para formar um professor. Ser professor é nascer com o desejo de escrever história e que esta seja a melhor para todos os seus leitores. Mas é preciso lembrar de que estamos falando de sonhos… a educação que sonhamos é aquela que faz a diferença, que forma cidadãos críticos e pensantes, capazes de discernir entre o certo e o errado e decidir entre o bem comum e o benefício próprio. A educação que sonhamos valoriza seus profissionais que também reconhecem que essa não é qualquer profissão, mas sim “a profissão”. A educação que sonhamos se preocupa com o saber e não com as aparências. Na educação que sonhamos, professores e alunos são eternos protagonistas.

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