Colunistas

A burra magra do Voz de Ibiúna

Claudino Piletti

Para evitar mal-entendidos, vou logo dando o nome dessa burra: trata-se do cofre do Voz de Ibiúna. Burra, segundo o dicionário, significa tanto a fêmea do burro, isto é, a jumenta, como a arca ou cofre em que se guarda dinheiro.A burra do Voz é magra porque está num regime que já dura 26 anos. O jornal foi fundado em 1º de maio de 1989, portanto, há 26 anos, no dia do trabalho. Talvez seja por isso que nunca engordou a burra. Pois, como se sabe, não é o trabalho que engorda a burra. E, certamente, nem preciso dizer o que é que engorda a burra ou burras.Mas, apesar de andar com a burra sempre magra, Voz de Ibiúna nunca deixou de comemorar o dia de sua fundação. E, nesse ano, não foi diferente. A comemoração foi com um almoço no excelente restaurante da Tia Lina, na Estrada do Vinho, em São Roque.E, nesse ano, a diretora Júlia Tanaka, num gesto de generosidade abriu mais a burra do  jornal. Assim, a comemoração foi em grande estilo: com entradas, saladas, massas mil, frango recheado, vinho, suco de uva, bolo, etc. O único problema foi que, enquanto a burra do Voz de Ibiúna saiu do restaurante mais magra, nós saímos mais gordos. Porém, como foi para o bem do jornal, valeu o sacrifício.Mas, atualmente, as burras que andam magras de dar dó, são as do governo. E, não é pra menos! É muita gente mamando nas tetas dessas coitadas que são alimentadas pelos impostos que todos nós pagamos.Uma das características das burras do governo é que funcionam como uma sanfona: abrem em época de eleições e fecham depois. E, a maior parte da população, dança conforme a música.Deixando de lado as burras do governo e voltando à do Voz de Ibiúna, acho que o mais importante ainda é o trabalho. Mas, tem que ser persistente, pois, segundo Virgílio (71-19 a.C), o mais célebre dos poetas latinos, “o trabalho persistente vence tudo”. E de acordo com o escritor francês Alexandre Dumas Filho (1824-1895), “só existe um  meio legítimo de ganhar dinheiro, que é o trabalho; como uma porção de pessoas não querem fazer uso dele, dai resulta uma porção de mal-entendidos” É o que parece estar ocorrendo no nosso país e que a imprensa não se cansa de denunciar.O VOZ de IBIÚNA, que tem a honra de ter sido fundado no Dia do Trabalho, se não engordou sua burra, ao menos ajudou um pouco a engordar a voz daqueles que denunciam os mal-entendidos. Por isso, merece nossos parabéns!

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