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Com saúde em crise, Prefeitura aumenta em 24% contrato de terceirizada do hospital

Foi publicado no jornal Imprensa Oficial do Estado no início deste mês o terceiro termo aditivo do contrato entre a Prefeitura de Ibiúna e a empresa DRO Serviços de Saúde Ltda. O contrato, renovado em julho com acréscimo de 2%, saltou mais 22% no início de agosto e agora está em R$ 1.831.068,91 por mês. Os serviços, proveniente de uma licitação realizada em 2015, foi aditado próximo ao valor máximo permitido, alcançando quase R$ 22 milhões por ano. Vale lembrar que o valor inicial contratado, em 2015, foi de R$ 1,366 milhão, ou seja, cerca de meio milhão inferior ao total investido por mês atualmente.

Críticas aos serviços

Mesmo com o aditamento assinado em 04 de agosto, os serviços de saúde têm sido bastantes questionado e criticado nas redes sociais. A internauta Elizangela Vieira postou, agora em setembro, o mau atendimento no complexo. “Hospital de Ibiúna não tem jeito mesmo. Levo minha mãe no hospital com falta de ar e tosse, passando mal, o “doutor” diz que ela está com problema no coração. Vê se pode? não medica, xinga, é grosso e ainda erra o diagnóstico com Raio-X na mão. Trago ela em São Roque (é diagnosticado), está com pneumonia… Eu não acredito que as coisas ainda possam melhorar em nossa amada cidade”, escreveu.

Internautas também reclamaram da falta de ortopedista aos fins de semana. Segundo uma mãe, que levou seu filho ao hospital, a criança não pode ser avaliada pelo ortopedista, já que, segundo a publicação em rede social, não há plantão dessa especialidade no fim de semana, mesmo com aumento de mais de R$ 330 mil mensais no contrato da terceirizada.

Outra reclamação é a demora no atendimento. Segundo o empresário Nivaldo Pereira, o mesmo foi ao hospital e aguardou mais de duas horas para ser atendido. “Onde vamos parar, isso por que o prefeito é médico”, reclamou em mensagem encaminhada ao jornal no dia 20 de setembro.

Milhões

De janeiro a julho, a Dro Serviços de Saúde recebeu quase R$ 11 milhões da Prefeitura de Ibiúna, segundo o site do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. O valor que a empresa recebeu em agosto e setembro ainda não foi divulgado pelo órgão. Se dividido por sete meses, a empresa recebeu, em média, R$ 1.548.922,20, ou seja, valor superior ao do contrato vigente até julho, quando foi renovado. Após, passou para R$ 1,5 mi e, já no mês seguinte, agosto, para R$ 1,831 milhão.

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