Editorial

Crítica certa na hora errada

Nas últimas semanas, o poder executivo tem sido alvo de críticas dos vereadores, pela escolha do secretariado, por contratos, segundo eles, não muito bem esclarecidos, e pela citada morosidade do poder público em dar respostas à sociedade. Embora muitas críticas tenham de ser feitas, há algumas ressalvas que absolvem o Governo Professor Eduardo e Adal não podem ser deixadas de lado.
A primeira ressalva é a instabilidade política ocorrida no último processo eleitoral, que impediu que o poder executivo passasse por um estágio de transição, da última para a atual administração. A desorganização encontrada no início de janeiro foi tão grande que até agora ainda não há conhecimento de números que inflam a dívida pública.
Mas, antes o problema fosse apenas esse. Como administrar corretamente um município cuja dívida herdada passa dos R$ 85 milhões? E mais, como administrar corretamente um município com esta dívida milionária e ainda descobrir que dinheiro gasto não se sabe onde terá de ser devolvido, para que Ibiúna não corra o risco, novamente, de ficar sem poder firmar convênios com governos estadual e federal.
Outro ponto é que a atual administração tem apenas cinco meses de trabalho, tempo insuficiente para qualquer julgamento em relação à condução do governo.
Em relação ao pessoal escolhido pela equipe do Professor Eduardo para os cargos estratégicos, alguns nomes não agradam a Câmara. Mas, já que estão lá, precisam ser testados e mostrar serviço. Aí então poderão ser avaliados.
Estamos chegando à fase final do primeiro semestre da administração Professor Eduardo e Adal. Embora com muitas críticas, este governo precisa também levar o crédito de ter começado a colocar a casa em ordem, fechando a torneira dos gastos sem controle, administrando com mais seriedade e colocando Ibiúna no rumo do desenvolvimento, que havia se perdido no tempo.

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