Vacinação contra HPV em meninos previne câncer
Saiba o porquê vacinar meninos contra o HPV e os principais riscos que o vírus causa
Nos últimos anos têm aumentado as discussões sobre o vírus do Papiloma Humano (HPV), por meio de campanhas de esclarecimento nos órgãos públicos e privados de saúde. No entanto, as iniciativas ainda não foram o suficiente para diminuir os altos índices que preocupam as organizações governamentais. Estima-se 1,1 mil novas contaminações em homens e 4,3 mil em mulheres.
Na perspectiva de mudar este cenário, o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a disponibilizar vacinas contra HPV para meninas desde 2014. E a partir deste mês, este benefício foi estendido para meninos de 12 e 13 anos de idade, tornando o Brasil o primeiro país da América do Sul a oferecer a imunização para o sexo masculino. “A estratégia é fundamental, uma vez que os homens também estão sujeitos ao HPV”, afirma Susi Quevedo, Professora do curso de Enfermagem da UNG Universidade.
O vírus é transmitido durante o ato sexual, por isso as áreas afetadas pelos sintomas são virilha, ânus e boca, tanto em homens quanto em mulheres, com o surgimento de verrugas e em casos mais graves o desenvolvimento de câncer nessas regiões. Ao imunizar os meninos garante-se a queda dos casos de câncer e de verruga neles e em suas futuras parceiras, por deixarem de atuar como transmissores.
“A vacina pode ser administrada para todos, porém, se torna mais efetiva para os que não foram expostas ao vírus, que estão iniciando a vida sexual. Do ponto de vista de saúde pública, quanto mais precoce se der a vacina maior o impacto”, explica Quevedo sobre a posição do governo em disponibilizar apenas para os pré-adolescentes. Conforme a expectativa do Ministério da Saúde, ainda neste ano deverão ser imunizados 3 milhões e 600 mil meninos em todo o país. Até 2020, o Ministério pretende estender a faixa-etária para meninos de 9 a 13 anos.
No entanto, é importante lembrar que a vacinação não previne todos os subtipos de HPV, existem mais de cem variáveis que afetam o ser humano. Apesar de a vacina atender os tipos responsáveis por 90% dos casos de verrugas genitais e alguns cânceres, é fundamental, mesmo vacinado, ter cuidados com os hábitos sexuais, deve-se sempre usar camisinha e fazer os exames preventivos regularmente.
Assessoria de Imprensa – UNG Universidade
Isabella Araújo – [email protected]